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Em 2023, Niterói vai celebrar seus 450 anos. Se as promessas feitas pela Prefeitura, em 2022, se concretizarem, o Centro da cidade vai se transformar em um grande canteiro de obras, com previsão de conclusão apenas em 2024.
O objetivo como já informado pelo secretário Municipal de Urbanismo e Mobilidade, Renato Barandier, é reverter o esvaziamento populacional e econômico que a região vem sofrendo, nos últimos anos. A meta, informada pela própria Prefeitura, é criar mais três mil unidades habitacionais, nos próximos três anos, no bairro.
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Em fevereiro passado, o governo anunciou seus planos com o lançamento do projeto Centro 450 do qual faz parte a revitalização de várias ruas do bairro em torno do qual Niterói cresceu – não por acaso, muitos moradores costumam dizer que vão “a Niterói”, quando estão indo para o centro da cidade.
Naquela ocasião, o prefeito Axel Grael informou que o pacote de obras, na região, significaria um investimento de cerca de R$ 400 milhões. Estavam previstas intervenções na Av. Amaral Peixoto e Rua da Conceição, além da transformação da Concha Acústica em um polo esportivo e melhorias na Praça Arariboia.
A Alameda São Boaventura, uma das mais movimentadas vias de Niterói, não foi esquecida. Há planos também para sua revitalização. Com investimento de R$ 136 milhões, as intervenções incluem modernização dos corredores viários; melhoria e ampliação da rede de drenagem; pavimentação das vias; acessibilidade das calçadas e implantação de ciclovia.
Em março passado, foi dado o pontapé inicial para a transformação da Concha Acústica. O projeto prevê a criação de um parque poliesportivo com quadras para vôlei, futsal e basquete, campo de futebol e pista de caminhada. Foi informado, à época, que a obra tinha previsão de duração de 18 meses e um orçamento de R$ 97,5 milhões.
O coração desse novo Centro, passa pela Avenida Rio Branco. A ideia é que a via receba um novo paisagismo e calçamento, com corredor viário que seguirá da Ponta D´Areia até a Concha Acústica, em uma faixa exclusiva para transporte.
No dia em Niterói completou 449 anos, em 22 de novembro passado, o prefeito anunciou o lançamento de três editais de obras. Um deles contempla justamente a transformação da Avenida Visconde do Rio Branco. Os outros são voltados para as ruas Alexandre Moura e Coronel Tamarindo, no Gragoatá.
Na ocasião, Grael informou que essas futuras obras fazem parte do Plano Niterói 450 anos, que prevê investimentos de cerca de R$ 2 bilhões, em 25 obras públicas, até 2024, e do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS). As ações no Centro estão incluídas nesse “pacote”.
Os vizinhos bairros do Gragoatá e São Domingos também estão nos planos da Prefeitura, relacionados à revitalização do Centro da cidade. O primeiro passo nesse sentido foi dado com a recente desapropriação por R$ 21,2 milhões do prédio da Estação Cantareira, imóvel histórico, em São Domingos, na Zona Sul de Niterói. O objetivo é transformar o local na sede de um futuro Distrito de Economia Criativa.
Tombada por meio da Lei nº 1.063/92, a Estação faz parte do conjunto arquitetônico e histórico do Bairro de São Domingos. De acordo com a Prefeitura, a desapropriação também vai impulsionar a revitalização da região. Os planos para a área ainda incluem as desapropriações do Castelinho do Gragoatá e do imóvel localizado na Av. Visconde do Rio Branco, 897, em frente ao Reserva Cultural.
Faz parte dos planos da Prefeitura para requalificar o Centro da cidade a reformulação de ruas que estarão integrando o Caminho Niemeyer ao bairro, com a criação de novas quadras no lote onde funcionou um supermercado. A ideia do Executivo é que, neste trecho, sejam formados oito quarteirões que passarão a permitir o acesso de veículos e pedestres ao local que agrupa as obras do arquiteto Oscar Niemeyer.
Nesse caso, como explicou o secretário Renato Barandier, as obras visam criar “novas conexões com áreas turísticas” da cidade.
– O abandono dos grandes lotes privados gerou uma condição de degradação no local. Precisamos trazer mais qualidade urbana e reverter esse cenário, tornando o Centro mais atrativo para investimentos e também para novas moradias – afirmou ele na época do lançamento do projeto Centro 450.
Para a Praça Araribóia, próxima dali, já foi anunciado pela Prefeitura a disponibilidade de R$ 10 milhões para a ampliação da abertura para frente marítima e paisagismo feito pelo escritório Burle Max. A intervenção ainda contemplará uma reformulação do bicicletário para ampliar sua capacidade para quase mil vagas. Somente essa ampliação tem custo previsto de R$ 1 milhão.
O pacote de obras ainda inclui a reforma das Praças do Rink, da República, Leoni Ramos e do Jardim São João. A intervenção também contempla a restauração da Casa Lourival de Freitas, na rua Maestro Felício Toledo, que vai abrigar uma escola de música. O imóvel de estilo eclético romântico, data de 1923. O nome é uma homenagem ao seu morador, o advogado e político fluminense Norival de Freitas (1883-1969).
Pelos cálculos da Prefeitura, todas essas obras vão gerar 2.400 empregos diretos e 3.600 indiretos. No total, serão 10 quilômetros de vias reurbanizadas.
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