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Ao contrário do que muita gente pensa, a Ômicron não é uma “gripezinha bem- vinda” como diz o presidente da República. A variante da Covid-19 apresenta riscos e os riscos começam a aparecer.
Entre os últimos dias 10 e 17 de janeiro, aumentou de 17 para 52 o número de pessoas internadas por Covid em leitos de UTI nos hospitais privados de Niterói. Nesse mesmo período, a ocupação dos quartos por pacientes com a doença subiu de 15 para 63.
Os dados são do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde de Niterói e São Gonçalo (SINDHLESTE). A instituição tinha parado de divulgar informações desse tipo, no final do ano passado, quando havia cerca de 10 pessoas internadas nas redes pública e privada de saúde da cidade.
Até então, o último informe do SINDHLESTE tinha sido em 8 de novembro quando havia 3% de ocupação dos leitos de UTI reservados para COVID e 0,3% de ocupação dos quartos reservados para a doença, em Niterói, na rede privada.
Neste momento, na rede de saúde do município, constam apenas três pessoas internadas. Porém, a Secretaria de Saúde de Niterói tem fornecido dados atrasados para a Secretaria Estadual de Saúde, como acontece em relação aos casos da Covid. O município informou 812 casos no ano, quando a cidade teve 2.076 testes com resultados positivos em apenas um dia, na quarta (12).
Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense já alertaram que a taxa de transmissão da variante Ômicron é de sete enquanto a cepa original da Covid-19 é de dois e meio. Os grupos populacionais que não se vacinaram ou tiveram vacinação incompleta serão os mais afetados e com possibilidade de desenvolverem quadros mais sérios, em decorrência da variante.
A velocidade de contágio, em Niterói, tem gerado um esvaziamento do quadro de funcionários de diversos segmentos da cidade. No setor de bares e restaurantes, por exemplo, até esta semana, houve uma queda de até 30% no movimento por conta do grande número de pessoas positivadas para Covid que estão em casa, de quarentena.
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