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A chuva insistente que cai em Niterói desde a noite de quinta-feira (5) provocou alagamentos em vários pontos da cidade. Entre os locais castigados pela alta pluviosidade, esteve a Avenida Sílvio Picanço, na orla de Charitas que amanheceu completamente intransitável, na sexta-feira passada (6).
Como forma de resolver esse problema, que é recorrente, a Prefeitura de Niterói informou ter lançado, no último sábado (07), a licitação para as obras de drenagem da via. De acordo com o informe, o plano da obra foi entregue em dezembro passado. Porém, a definição da empresa responsável pelo projeto só vai acontecer em fevereiro. Somente a partir daí, as obras serão iniciadas.
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De acordo com a Prefeitura, a reforma vai contemplar a região localizada entre a Praça do Rádio Amador, onde foi erguida a árvore de Natal, e o início da Av. Carlos Ermelindo Marins, trecho de 389,5 metros.
Porém, a obra que será licitada em fevereiro abrange um espaço menor, situado entre as Ruas Juiz Alberto Nader e Dr. Armando Lopes. O Executivo Municipal afirma ainda que esse é um ponto crítico para a drenagem.
Isso porque a rede existente nestas ruas não é capaz de dar vazão ao volume de água em dias de chuva forte, o que faz com que parte escoe superficialmente até a Av. Prefeito Silvio Picanço.
A solução adotada, ainda conforme a Prefeitura, será a substituição de galerias existentes por outras com maior capacidade hidráulica. Com o objetivo de minimizar o impacto das obras, as novas galerias serão implantadas no mesmo trajeto das galerias existentes, que serão substituídas.
Orçada em R$ 6 milhões, a obra tem um prazo de conclusão de cinco meses, a partir da ordem de início, que ainda não tem uma data prevista. No projeto, serão utilizadas galerias de concreto armado de até 2,5m x 1,2m, além de tubos de PVC rígidos para fazer a drenagem. A intenção é que as águas pluviais escoam para o canal próximo à Praça do Rádio Amador.
Se os planos para Charitas seguirem o cronograma estabelecido pela prefeitura, após o término das obras de drenagem começam outras ainda maiores. Está previsto para o final do ano o início do trabalho de requalificação de toda a orla.
No momento, o projeto está em fase de elaboração, com previsão de conclusão e apresentação para o fim do primeiro semestre, segundo informou a Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade .
O projeto básico de reurbanização da orla de Charitas será feito pelo escritório do arquiteto e urbanista Índio da Costa, vencedor, em junho de 2021, de um concurso público nacional para escolha da melhor proposta de requalificação urbanística da orla de Charitas. O concurso foi promovido pela Prefeitura de Niterói e organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil no Rio de Janeiro (IAB-RJ).
O projeto básico de requalificação da orla de Charitas vai incluir novo paisagismo; ciclovia segregada; quiosques padronizados; novo mobiliário urbano; nova iluminação pública; novas estações de ônibus; revitalização da Praça do Rádio Amador; novos canteiros; áreas de lazer; novo calçadão da praia; e novo calçadão junto aos prédios.
De acordo com o projeto, a Praça do Rádio Amador será redesenhada e a orla vai ganhar quadras esportivas, um parque infantil e uma horta comunitária. O projeto ainda redistribui o traçado viário, prevê um plantio de espécies nativas de restinga e Mata Atlântica e a criação do primeiro atracadouro público de Niterói.
O escritório Índio da Costa também foi o responsável pelas instalações do corredor da Transoceanica, que liga a orla de Charitas à Região Oceânica.
– A ideia com o redesenho da Praça Radio Amador é promover a valorização do mirante, com uma arquibancada e um anel flutuante, voltados para a vista da Baía de Guanabara; a ampliação do parque na frente do Preventório; a valorização da vocação náutica da praia, com a criação de um centro náutico; a substituição dos quiosques existentes por novos, com uma linguagem mais atual, que ainda será discutida e avaliada com os atuais quiosqueiros; o incremento da vegetação de restinga e o aumento da arborização com espécies adequadas. Além da valorização do Casarão tombado, através de iluminação cênica – ressaltou o arquiteto em entrevista, em julho de 2021, ao A Seguir: Niterói.
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