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Caberá à Fundação Universitária José Bonifácio (Universidade Federal do Rio de Janeiro) fazer o estudo de viabilidade de reequilíbrio financeiro dos transportes coletivos de ônibus, em Niterói. Esse estudo definirá o futuro do valor das tarifas dos ônibus, no município.
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O convênio para a prestação de serviço foi firmado, no último dia 3, pela Prefeitura por intermédio da secretaria municipal de Urbanismo e Mobilidade. O estudo custará ao governo R$ 980 mil, que deu um prazo de seis meses para sua conclusão. As informações foram publicadas no Diário Oficial do Município.
A realização desse estudo é reivindica pelo Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro. O Setrerj representa os consórcios Transnit e Transoceânico que operam os ônibus em Niterói.
– Esse estudo foi reivindicado pelo setor. Com absoluta certeza é uma medida positiva – comentou, por nota, o presidente do Setrerj Márcio Barbosa
Em julho do ano passado, quando houve um reajuste da tarifa, a Prefeitura informou que iria iniciar os estudos. Depois, a data informada pelo governo para sua realização passou para outubro. Em dezembro, A Seguir questionou a respeito do estudo e recebeu como resposta da Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade que estava “em fase final de aprovação orçamentária”.
Por contrato, o reajuste anual das tarifas de ônibus costuma ser feito em janeiro. Na semana passada, A Seguir consultou a Prefeitura que, por intermédio da sua assessoria de imprensa, informou que não havia previsão, neste momento, para reajuste de tarifas de ônibus, na cidade.
Desde março passado, a população enfrenta a rotina de longa espera por ônibus nos pontos. Na época, começara o retorno das atividades presenciais, após uma melhora no quadro da pandemia do Coronavírus, mas as empresas mantinham suas frotas reduzidas.
Em maio, com a promessa de reduzir o tempo de espera dos ônibus para os usuários, a Prefeitura de Niterói promoveu uma reorganização nas linhas municipais. A medida foi adotada justamente para fazer frente à redução da oferta de ônibus, em diversas linhas da cidade.
Em julho, o Sindicato das empresas de ônibus de Niterói afirmou que o setor estava “sem condições de manter a operação das linhas” e houve mais redução nos horários dos veículos nas ruas. Cinco dias depois dessa manifestação do Setrerj, a Prefeitura de Niterói aumentou as passagens de ônibus, mesmo com a redução da frota.
Em agosto, a prefeitura promoveu nova alteração nas linhas. Daquela vez, para socorrer a Ingá, que integra o consórcio Transnit.
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