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No primeiro dia útil com a reformulação das linhas de ônibus de Niterói em vigor, usuários do transporte público da cidade relataram que nada mudou nas suas rotinas. A Seguir: Niterói percorreu algumas vias no bairro de Santa Rosa para ouvir os moradores. Nesta segunda-feira (30), os pontos de paradas dos veículos não estavam muito cheios, mas a principal reclamação foi a mesma: o tempo de espera pelos ônibus.
Moradora de Pendotiba, Sandra de Carvalho (foto) tem o hábito de pegar a linha 35 e afirma:
– Esse ônibus demora muito – disse ela, logo interrompendo a entrevista ao avistá-lo se aproximando. – Desculpe, mas não dá pra perder. Até vir outro, sei lá quanto tempo vou ficar no ponto.
Reduzir o tempo de espera dos ônibus para os usuários era um dos objetivos da reorganização nas linhas municipais, segundo informou a própria Prefeitura.
Raquel Ribeiro é estagiária de nutrição em um hospital no bairro. Moradora de Maricá, ela faz a baldeação para chegar no trabalho e voltar para casa, no terminal rodoviário presidente João Goulart. Em frente ao hospital onde é estagiária, fica a via mais movimentada de Santa Rosa onde, praticamente, todos os ônibus que passam vão em direção ao Centro de Niterói, sendo a maioria, com ponto final no terminal. Mesmo assim, ela afirma que os veículos demoram para passar. Além disso, segundo Raquel, andam muito devagar – quando não é o engarrafamento nas ruas, são os vários sinais de trânsito ao longo do percurso que “seguram” os veículos.
A professora Márcia Soares, nos dias em que dá aulas em Piratininga, costuma pegar dois ônibus: 49 e 39 – isso porque ela precisa fazer uma pequena baldeação até sua casa, já que nenhuma linha passa por perto, vinda da Região Oceânica.
-As mudanças nos ônibus não alteraram em nada para mim – disse ela.
Márcia também dá aulas no Caramujo. Porém, quando vai para lá, prefere ir no seu próprio carro. Ela comentou que não entendeu como a extinção de uma linha da localidade (a 62A) vai melhorar o transporte público da região. Porém, por não ser usuárias de ônibus no bairro, achou que não estava apta a dar sua opinião sobre as alterações feitas.
Para a cuidadora Rebeca Maria Silva também nada mudou, na sua rotina, quando o assunto é ônibus. Ela sempre pega as linhas 36 ou 44 para sair (ou voltar) do trabalho, em direção ao terminal João Goulart, onde pega o 532 para chegar em casa, no Bairro Vermelho.
– Está tudo igual. O pior dia para pegar ônibus é domingo. Praticamente não tem e isso é em todas as linhas. Acho que isso também não vai mudar – comentou.
Principais alterações feitas nas linhas de ônibus
A Oceânica 3 (Engenho do Mato-Centro) teve o trajeto alterado;
52A (Baldeador-Charitas) e 54 (Sapê-Piratininga) passaram a circular apenas em dias úteis e em horários de pico;
A 57, que liga Santa Rosa ao Centro via Fagundes Varela, teve o trajeto alterado;
A linha 62A, que liga o bairro do Caramujo a Charitas, foi extinta. A previsão é que seus ônibus fossem distribuídos pelas linhas 26 e 26ª;
A linha 48, que liga o Rio do Ouro ao Terminal Rodoviário João Goulart, no Centro, teve trajeto alterado em alguns horários.
Leia mais: A rotina da espera pelo ônibus em Niterói
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