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Programa levará ações de Neutralização de Carbono para comunidades de Niterói

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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A iniciativa vai começar pelo bairro do Caramujo. Na localidade de Igrejinha, foi implantado, em junho do ano passado, um projeto piloto
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Será dado incentivo financeiro para quem reduzir emissões de gases de efeito estufa de acordo com mudanças de hábitos. Fotos: Prefeitura de Niterói

Niterói deu a largada para a criação do Programa Social de Neutralização de Carbono. Lei neste sentido foi sancionada na quarta-feira (10) pelo prefeito Axel Grael.

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Agora, o próximo passo será a elaboração de um plano de metas para redução de emissões de gases de efeito estufa nas comunidades, a partir da estruturação de inventários domiciliares. Com investimento de R$3 milhões, o programa vai começar pelo bairro do Caramujo. Na localidade de Igrejinha, foi implantado, em junho do ano passado, o projeto piloto de Neutralização de Carbono Comunitário.

Por neutralização de carbono entende-se como sendo uma alternativa que busca evitar as consequências do desequilíbrio do efeito estufa (causado pelo excesso de emissões de poluentes como o dióxido de carbono), a partir de um cálculo geral de emissão de carbono.

– O projeto da neutralização do carbono é uma iniciativa pioneira da cidade, que tem repercutido muito nos fóruns nacionais e internacionais como um bom exemplo de política pública para motivar as pessoas em esforços em torno da questão das mudanças climáticas – afirmou o prefeito Axel Grael.

De acordo com o subsecretário da secretaria municipal de Clima, Marcos Lacerda, a iniciativa é pioneira no país, tanto quanto a própria criação da secretaria do Clima. Ele explicou que o programa vai atuar de forma a motivar o morador das comunidades de baixa renda da cidade a evitar desperdícios, seja de energia ou água, além de reduzir a produção de resíduos.

Segundo Lacerda, serão desenvolvidas diversas “ações climáticas” com os moradores. Uma delas resultará em incentivo financeiro para quem reduzir emissões de gases de efeito estufa de acordo com mudanças de hábitos. Numa faixa de 2% a 10% de redução de carbono, as residências poderão receber premiações que variam entre R$ 250 e R$ 750.

Dentro dessa política municipal de neutralização de carbono, em fevereiro passado, a Prefeitura iniciou a elaboração de  uma certificação para estimular as empresas com sede no município a reduzirem suas emissões de carbono na atmosfera. Essa certificação integra o Programa Municipal de Certificação de Boas Práticas em Neutralização de Carbono.

Moeda Recicle

O prefeito Axel Grael exibe a moeda Recicle.

A Prefeitura lançou, em abril, a Moeda Social Recicle, na comunidade do Buraco do Boi, no Barreto, Zona Norte da cidade. A iniciativa estimula a participação da população na coleta seletiva em troca de créditos que poderão ser usados, por exemplo, em aulas de lutas marciais, passeios culturais e aulas para Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

O programa é uma parceria entre a Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), o Instituto Léo Solidário, a Federação das Cooperativas de Catadores (Febracon), a Associação de Moradores do Maruí Grande e a E-ambiental, empresa especializada na tecnologia reversa de resíduos.

– Cada vez mais Niterói caminha para a sustentabilidade com justiça social. Estamos fazendo um esforço integrado para trazer para a comunidade benefícios gerados a partir de uma coisa que as pessoas costumam chamar de lixo. A gente precisa mudar essa mentalidade. Niterói vai ter soluções para reaproveitamento de material reciclável em grande escala, mas precisamos trazer a preocupação de soluções na escala do cidadão. O que nós estamos fazendo aqui é isso”, afirmou o prefeito na época do lançamento da moeda.

De acordo com o presidente da Clin, Luiz Fróes, o diferencial da Moeda Recicle é que ela estimula a participação da população na doação dos resíduos recicláveis produzidos na comunidade em troca de bônus de interesse local, na área educacional, cultural, esportiva e de bens de consumo.

 

 

 

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