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Petróleo e gás alavancam o crescimento da indústria e da economia como um todo no estado do Rio. A indústria teve crescimento de 5,6 % no primeiro trimestre e ajudou no aumento do PIB fluminense, que chegou a 2,9%, em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a produção nacional apresentou retração. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dos setores da indústria fluminense, a construção civil também registrou avanço: 9,9% – e contribuiu para a posição de destaque no resultado geral do estado. No entanto, os setores de comércio e serviços ainda patinam na sua recuperação. Estudo da Firjan projeta crescimento de 2% do PIB fluminense neste ano, considerando o desempenho dos setores e os fatores adversos nos cenários nacional e internacional.
Óleo e gás
A indústria extrativa do estado do Rio de Janeiro teve alta de 6,6% devido ao aumento da produção e da exportação de óleo e gás. O segmento, que tem o maior peso na indústria fluminense, foi a principal influência para que o setor alcançasse patamar histórico de produção no primeiro trimestre, o melhor resultado desde 2003.
O bom desempenho do segmento, desde o início do ano, fez com que a Firjan, indicasse para Niterói um reforço no orçamento do município em mais de R$ 260 milhões, graças a royalties de petróleo. O cálculo foi feito a partir de projeções que indicam que a arrecadação com royalties de petróleo e gás, no país, tem potencial de crescimento de mais de 80% este ano.
Construção civil
Dos setores da indústria fluminense, a construção civil também registrou avanço: 9,9% – e contribuiu para a posição de destaque no resultado geral do estado.
No entanto, a indústria de transformação desacelerou e teve crescimento de 0,4%. De acordo com a Firjan, o desempenho mais fraco se deve principalmente à desorganização das cadeias globais de produção – causada pela pandemia de Covid-19 e pela guerra no Leste Europeu – resultando em falta ou alto custo da matéria-prima. O setor de serviços registrou crescimento de 0,9%, mas, apesar do avanço, o estudo considera que o estado está longe de atingir seu potencial de consumo. Na agropecuária, a alta foi de 0,5%.
Um alerta
A Firjan projeta crescimento de 2% do PIB fluminense neste ano. Mas emitiu um sinal de alerta:
– As perspectivas para o contexto internacional e as questões internas mostram que ainda há desafios para o crescimento da atividade econômica (no país). O possível prolongamento da guerra na Ucrânia intensifica os gargalos associados à falta de matéria-prima e repercute na continuidade de aumento de preços de commodities, em especial o petróleo – destaca o economista Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da Firjan.
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