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A Prefeitura de Niterói abriu licitação para a contratação de empresa para elaboração de projetos básicos para drenagem no entorno do Caio Martins, em Icaraí. O valor máximo estimado é de R$ 1,8 milhão.
A região forma um dos maiores alagamentos da cidade, quando chove forte, como no último fim de semana. A decisão do município se fará ou não a obra de drenagem vai definir, em grande parte, o futuro do Caio Martins. A obra pode acabar com o atual campo de futebol do complexo esportivo.
NOTA DA REDAÇÃO: A prefeitura questionou a reportagem e afirmou que se pode não se pode relacionar o destino do Caio Martins às obras contratadas, que vão apenas definir um projeto de drenagem. Além disso, sustenta que a gestão do complexo é do governo do estado. Veja a reportagem: Prefeitura de Niterói nega planos de mexer com o Caio Martins: a gestão é do Estado — A Seguir Niterói (aseguirniteroi.com.br)
Apesar do equipamento pertencer ao governo do Estado, a Prefeitura de Niterói também abriu licitação para a contratação de empresa para elaboração de projetos básicos para a revitalização do local, com valor máximo estimado de R$ 1,3 milhão.
Os dois processos de tomada de preços estão sob responsabilidade da Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento de Niterói (Emusa) com ambas licitações previstas para o dia 23 de janeiro.
Ano passado, o governo do Estado realizou reformas no Caio Martins e iniciou debates, junto aos niteroienses, para definir o futuro do Complexo Esportivo. Em agosto, em uma audiência pública realizada no próprio ginásio, a simples menção à possibilidade da obra de drenagem vir a ser feita foi motivo de aplausos das cerca de 400 pessoas que participavam do evento.
Na ocasião, foi informado que existem vários projetos de drenagem para a região que estariam sendo avaliados pela Prefeitura. Um deles, da época do ex-prefeito Godofredo Pinto, que acompanhou os debates da plateia.
– Eu deixei um projeto pronto, com orçamento aprovado pela Caixa Econômica Federal. Porém, dei azar porque quando tudo ficou pronto, já era ano eleitoral e não pude fazer a licitação. Porque não fizeram depois, não sei – contou ao A Seguir, na época.
Segundo Godofredo Pinto, seu projeto previa a construção de uma tubulação subterrânea que levaria a água da chuva, que desce pelo Pé Pequeno, até a praia de Icaraí, onde hoje tem uma saída de esgoto, na altura da Igreja São Judas Tadeu. O ex-prefeito mora na rua Lopes Trovão e é testemunha do “rio” em que a via se transforma em dias de chuva forte.
Na audiência, também foi levantada a hipótese da drenagem da região ser feita como na Praça da Bandeira, no Rio de Janeiro. Lá foi construído um reservatório com capacidade para acumular até 18 milhões de litros de água, apelidado de piscinão.
Após a realização de duas audiências públicas, representantes do governo do estado iriam apresentar um relatório final, em outubro passado, com sugestões para a revitalização do Caio Martins. O documento, porém, não foi apresentado.
Houve quem culpasse a Prefeitura de Niterói por isso. A alegação é que o município não havia comunicado seus planos para a região.
Agora, para o A Seguir, a Prefeitura informou que somente após a elaboração dos projetos que estão para serem licitados, será possível saber quais serão as ações a serem realizadas, no Caio Martins.
Na época da audiência pública do Caio Martins também estavam sendo realizadas oficinas participativas com a população de Niterói, referentes à lei de ocupação e uso do solo, mais conhecida como PL do Gabarito.
Em uma delas, um representante da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi Niterói) sugeriu que a Rua Nóbrega, no Jardim Icaraí, fosse prolongada para passar pelo meio do Caio Martins até encontrar com a Presidente Backer. Isso, na avaliação dos construtores, facilitaria o acesso à rua Gastão Gonçalves onde, também pela proposta da Ademi, seria construído um túnel para ligar os bairros de Icaraí e São Lourenço.
O túnel não foi citado durante a audiência pública do Caio Martins, mas a ideia de até duas ruas cortando o ginásio ficou de ser avaliada pelas autoridades. Demolir a arquibancada, atualmente em situação precária e com risco de desabamento, também foi uma hipótese levantada, bem como trocar os muros por grades para melhorar a sensação de segurança do entorno do ginásio.
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