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A cidade de Niterói tem sentido os efeitos da variante ômicron: hospitais e laboratórios lotados, filas enormes para atendimento ambulatorial, para fazer testes e tomar a vacina contra a Covid-19. Cerca de 40% dos testes realizados no município positivaram para a doença. O cenário levou a Prefeitura a determinar, nesta quinta-feira (13), o adiamento do desfile das escolas de samba que se apresentam no carnaval da Rua da Conceição, no Centro da cidade.
Em nota, a Prefeitura informou que uma nova data será marcada, após o período de quaresma, que, este ano, começa no dia 2 de março. A decisão seguiu orientações da Secretaria Municipal de Saúde e do comitê científico que atua junto às autoridades municipais, desde o início da pandemia. No começo de janeiro, a prefeitura já tinha anunciado a proibição do desfile de blocos ou carnaval de bairros. Festas de carnaval em clubes também não serão autorizadas.
A tradicional festa para escolha do Rei Momo, que aconteceria nesta sexta-feira (14), no clube Canto do Rio, no Centro, também foi cancelada.
De acordo com a prefeitura, o adiamento dos desfiles foi decidido em consenso com a União das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Niterói (USBCN) e com a Liga das Escolas de Samba de Niterói (Lesnit).
– Desde o início da pandemia, Niterói vem atuando para salvar vidas, com ações baseadas na ciência. Os niteroienses são comprometidos e a colaboração de cada cidadão é fundamental. Reforçamos a importância do uso de máscaras e a necessidade de seguir o calendário de vacinação como proteção essencial. A defesa da vida é, e sempre será, a nossa prioridade – disse o prefeito Axel Grael.
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A decisão vem em um contexto de crescimento exponencial no número de casos de covid-19 na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Um levantamento da DASA detectou que a média semanal de positividade para SARS-CoV-2 subiu para 42,68% na semana de 5 a 11 de janeiro de 2022.
O pior momento da variante ômicron, no entanto, está prevista para o começo de fevereiro, conforme alerta da médica pneumologista da Fiocruz Margareth Dalcolmo. Segundo a especialista, a alta transmissibilidade pede cuidados especiais com as medidas sanitárias de prevenção. Uso de máscaras (preferencialmente PFF2), higiene constante das mãos e distanciamento social.
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