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A prefeitura de Niterói “bateu o martelo” e decidiu como fará a drenagem do entorno do Caio Martins. A água da chuva que alaga a região será depositada em um reservatório subterrâneo, a ser construído no terreno onde hoje se encontra o campo abandonado do Estádio Caio Martins, em Icaraí.
De acordo com a prefeitura, o “piscinão” terá uma área de 130 m x 120 m e capacidade para 80 milhões de litros de água. O reservatório ocupará cerca de dois terços do espaço do campo, incluindo a parte das arquibancadas junto à Rua Presidente Backer, que serão demolidas.
No Rio de Janeiro, existe um “piscinão” na Praça da Bandeira. No bairro da zona norte da cidade foi construído um reservatório com capacidade para acumular até 18 milhões de litros de água.
No “piscinão” de Niterói, três bombas de sucção serão responsáveis por transferir o volume de água para o reservatório, que terá a função de armazenar e liberar, de maneira controlada, o fluxo da água para o Rio Icaraí, evitando a ocorrência de enchentes e alagamentos.
A expectativa da prefeitura é de que, além da área que receberá as obras, o trabalho também beneficie as regiões adjacentes, como parte dos bairros Viçoso Jardim, Cubango, Santa Rosa e Pé Pequeno, que abrigam outras bacias.
O projeto prevê a construção de um parque público no local com quadras de futebol, vôlei, basquete, tênis e academias de ginástica.
A elaboração do projeto básico levou seis meses e, segundo a prefeitura, “considerou a preservação das estruturas dos imóveis de toda a região, que não sofrerão qualquer intervenção durante os trabalhos”.
As obras de macrodrenagem da região serão realizadas nas ruas Lopes Trovão e Presidente Backer e de microdrenagens em um quadrilátero delimitado pelas ruas Paulo César, Santa Rosa, Mariz e Barros e a Avenida Roberto Silveira. Ao todo, estima-se a construção de 6 quilômetros de rede.
1 ano e dois meses depois …
Uma licitação para a contratação de empresa para elaboração de projetos básicos para drenagem no entorno do Caio Martins foi lançada pela prefeitura em janeiro do ano passado. O valor, na época, foi de R$ 1,8 milhão.
A decisão do município em relação a obras de drenagem na região vai definir, em grande parte, o futuro do próprio Caio Martins, que pertence ao governo do estado. Isso porque, já se especulava que a obra poderia acabar com o atual campo de futebol do complexo esportivo, o que foi negado pela prefeitura, na época.
Em junho, a licitação foi adiada. O motivo, segundo a então EMUSA (atual Empresa de Infraestrutura e Obras de Niterói (ION), é que a licitação receberia uma “adequação processual”.
Dois meses depois, a Serpen Serviços e Projetos de Engenharia LTDA, do Rio de Janeiro, sagrou-se vencedora da licitação para a elaboração dos estudos hidrológicos e do projeto básico de drenagem para a eliminação de ponto crítico de enchentes do entorno do Caio Martins. A homologação do resultado da licitação foi publicada no Diário Oficial do município do dia 24 de agosto.
De acordo com a publicação, o valor do trabalho foi orçado em R$ 1.439.002,44, o que representou uma redução de 21,0% (R$ 1.821.522,18) do valor inicialmente estimado.
Agora, o próximo passo será a licitação do projeto executivo para a realização das obras de drenagem na região, que está na rota integral do VLT que está sendo planejado pelo governo municipal. Essa licitação, segundo a prefeitura, tem previsão para ser lançada ainda no primeiro semestre deste ano.
– Nos últimos anos, implantamos redes de drenagem, macrodrenagem e infraestrutura onde não existiam, em mais de 750 ruas, especialmente na Região Oceânica, onde as pessoas sofriam com lama e enchentes.
Agora é hora de avançar e ampliar os sistemas de drenagem de nossa cidade, como estamos fazendo em Charitas, Engenhoca e Barreto. Aposentamos a patrol na Região Oceânica e agora vamos virar essa página das enchentes na Avenida Roberto Silveira e no Largo do Marrão. Vamos fazer de Niterói uma cidade cada vez mais resiliente e com qualidade de vida para os cidadãos – afirmou o prefeito Rodrigo Neves.
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