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Drenagem na área do Caio Martins vai demorar; licitação foi adiada

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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Obra é considerada fundamental para acabar com alagamento crônio no entorno do estádio
Entorno do Caio Martins  na chuva do último domingo (14)
Caio Martins no dia 14 de janeiro de 2024. Fotos: Arquivo A Seguir Niterói

O ano de 2024 mal tinha começado e Niterói viveu dias de caos provocados por chuvas fortes que resultaram em alagamentos em diversos locais da cidade. Era janeiro e, dois meses depois, a situação se repetiu graças às “águas de março fechando o verão”.  Todo niteroiense sabe onde se forma a maior “piscina pluvial” municipal: no entorno do Caio Martins.

Foi também em janeiro que a Prefeitura de Niterói abriu licitação para a contratação de empresa para elaboração de projetos básicos para drenagem no entorno do Caio Martins, em Icaraí, ao valor de R$ 1,8 milhão. Pois essa licitação foi adiada Sine Die, ou seja, sem prazo para ser retomada.

Rua Lopes Trovão, em Icaraí, nas imediações do Caio Martins, em janeiro passado.

Apesar do complexo esportivo pertencer ao governo do Estado, a Prefeitura de Niterói, na mesma época, também abriu licitação para a contratação de empresa para elaboração de projetos básicos para a revitalização do local, com valor máximo estimado de R$ 1,3 milhão. Essa licitação também foi adiada Sine Die.

O motivo, segundo a Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (EMUSA), responsável pelas licitações, é que ambas receberão “adequação processual”.

Em uma cidade que tem como prognósticos inundações provocadas por chuvas extremas; aumento do volume das águas do mar e ressacas cada vez mais potentes e recorrentes, avançando sobre o litoral, como consequência, a longo prazo, de extremos climáticos, obras de dragagens se tornam estratégicas.

Em Charitas, região onde se forma a segunda maior “piscina pluvial” da cidade, as obras também estão paradas. Iniciadas em março de 2023, os trabalhos no bairro seguiram por quatro meses.

Segundo a prefeitura, “em breve” será realizada uma licitação, orçada em R$ 14 milhões, para o início das obras de macrodrenagem que correspondem à bacia que se estende das proximidades da Rua Juiz Alberto Nader até a região onde se encontra o Cemitério São Francisco Xavier.

Essa licitação chegou a ser lançada em dezembro passado, mas foi adiada dois meses depois, em fevereiro de 2024, “para receber adequações processuais”, segundo informou a Emusa.

Em fevereiro de 2023, “piscina pluvial” bloqueia entrada de Charitas.

Até o momento, em Charitas, foram concluídas as intervenções em uma das cinco bacias em que o bairro é dividido, no perímetro entre as proximidades da Rua Dr. Armando Lopes até as imediações da Rua Juiz Nader.

Obras pela cidade

Instalação de manilha na Cidade da Ordem Publica, no Barreto. Foto: Prefeitura de Niterói

É com regularidade que a Prefeitura de Niterói informa sobre início de obras de drenagem. Esta semana, por exemplo, foi anunciado que sete ruas do Barreto irão passar por intervenções relacionadas com drenagem, “o que poderá resultar em possíveis interdições no tráfego de veículos”. São elas: Amerino Vanique, Salgado Filho, Alan Kardec, General Estilac Leal, Maestro Vila Lobos, Galvão e Presidente Craveiro Lopes.

No bairro, até então, as equipes da prefeitura trabalhavam na construção da rede de drenagem no terreno onde fica a Cidade da Ordem Pública, na Rua Craveiro Lopes, para instalação de aduelas subterrâneas que chegam a medir 2,5 metros de altura por 5 metros de comprimento. Nessa fase, a rede vai se estender pela Travessa Madame Pacheco até a Avenida General Castrioto.

Foi informado, também que, na Engenhoca, foi concluída a instalação da rede de drenagem no trecho da Rua Vereador José Vicente Sobrinho, que vai da Travessa José Carreteiro até a Travessa Francisco Esteves.

De acordo com a Prefeitura, as obras de macrodrenagem do Barreto e Engenhoca abrangem 4,6 quilômetros de extensão. O investimento é de aproximadamente R$ 76 milhões, com prazo de execução de 24 meses a partir da ordem de início, ocorrida no fim de janeiro passado.

Em 2019, a Prefeitura anunciou um pacote de obras de drenagens a serem realizadas na Região Oceânica com investimento de mais de R$ 200 milhões.

Em 2022, o governo municipal informou o começo de obras de drenagem e pavimentação previstas para beneficiar 117 ruas do Engenho do Mato. Um ano depois, também por contas de fortes chuvas que caíram em janeiro, o bairro virou lama, uma vez que várias de suas ruas ainda são de terra.

Avenida Irene Lopes Sodré, no Engenho do Mato, em janeiro de 2023.

Na chuvarada de março passado, Várzea das Moças foi onde caiu o maior volume de água. O bairro ficou alagado. Em julho de 2023, a prefeitura iniciou obras de drenagem de águas pluviais, na região, justamente para evitar alagamentos em decorrência de chuvas.

Em maio, a Prefeitura deu a ordem de início para as obras de drenagem e pavimentação no bairro Maravista II , na Região Oceânica. No final do mês, o prefeito Axel Grael visitou obras de drenagem e pavimentação da Rua Portugal, que liga os bairros de Maria Paula e Santa Bárbara. A intervenção contempla a urbanização de 3,5 quilômetros da via, ao custo de R$ 11,8 milhões, com previsão de conclusão neste mês de junho.

Vamos ver se passa no teste da chuva forte que costuma ocorrer anualmente em janeiro.

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