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Possibilidade de aumento dos engarrafamentos devido às ruas estreitas; impactos na segurança, no ordenamento e no meio ambiente, além da desvalorização do bairro. Esses são os principais argumentos usados pelos moradores de Camboinhas para justificar a não existência de transporte público no bairro.
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O assunto foi discutido na terça-feira (26), na sede da associação de moradores, a Soprecam (Sociedade Pró Preservação Urbanística e Ecológica de Camboinhas). A reunião contou com a presença do secretário de Urbanismo e Mobilidade de Niterói, Renato Barandier, que não participou de nenhuma das seis oficinas realizadas para discutir o Projeto de Lei Nº 00161/2022 que trata da reforma da Lei Urbanística da cidade.
A mobilização dos moradores de Camboinhas contra uma possível chegada de transporte público no bairro se deu porque tramita na Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte de Niterói o Inquérito Civil Público (nº2023.00049399) que trata da falta de transporte público no bairro. A investigação foi instaurada em janeiro passado, após uma representação anônima que chegou à Ouvidoria do Ministério Público do Rio de Janeiro, denunciando a inexistência de linha de ônibus no bairro. No inquérito, a promotoria solicitou informações à Prefeitura de Niterói, que respondeu que seria feita uma reunião para ouvir a opinião dos moradores do bairro. A prefeitura tem até o próximo dia 4 de outubro para apresentar sua resposta definitiva para a Justiça.
No site da Soprecam consta a informação que a Prefeitura não tem planos de implementar linhas de ônibus que passem por dentro do bairro e que a proposta para Camboinhas é reforçar o transporte cicloviário.
“O bairro vai receber uma estação de ônibus na Praça Stuessel Amora, na nova entrada de Camboinhas, e um bicicletário seguro e eficiente para que a população e os trabalhadores possam optar pelo transporte cicloviário para se deslocar para casa ou trabalho”, informa a publicação do site. O diretor de Relações Públicas, Urbanismo e Meio Ambiente da Soprecam se chama Stuessel W.B. Amora.
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A futura praça Stuessel Amora é a rotatória que está sendo construída na entrada do bairro. Visitantes, trabalhadores dos domicílios de Camboinhas ou frequentadores da praia precisam caminhar, pelo menos, dois quilômetros para chegarem à praia ou ao seus locais de trabalho.
“A Associação está com os moradores e não quer a circulação de ônibus no bairro”, diz a publicação.
Também participaram da reunião o administrador da Região Oceânica, Binho Guimarães, e a procuradora do Município Karina Diniz.
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