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Justiça manda prefeito de Niterói prestar contas das contratações da prefeitura

Por Redação
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Às vésperas da eleição, sentença da 3ª Vara Cível de Niterói bloqueia contratações do Município; ação é de 2015
Axel Grael
A decisão é Juíza Isabelle da Silva Scisíinio Dias estabelece multa ao prefeito Axel Grael se não apresentar explicações. Foto: arquivo

O prefeito de Niterói, Axel Grael, foi pessoalmente, instado pela Justiça a prestar contas a respeito do quadro funcional da administração pública municipal.

Leia mais: Niterói tem 33 mil moradores vivendo em áreas de risco

Em sentença proferida  no último dia 28 de maio, pela juíza Isabelle da Silva Scisinio Dias, da 3ª Vara Cível de Niterói, ela decidiu que Grael deverá  “elaborar e apresentar mapeamento das vagas efetivas não preenchidas, existentes na administração Pública Direta e Indireta bem como relação de quantos cargos efetivos devem ser criados para a adequada prestação dos serviços públicos”.

A partir desses dados, de acordo com a sentença, o prefeito deverá  “adotar medidas concretas para a adequação dos cargos comissionados à proporcionalidade e moralidade administrativa, tal como vier a ser apurado em liquidação”.

Na sentença, a juíza observa que “considerado o silêncio eloquente do ente executado e de seu representante legal (pessoalmente intimado), após exaurido o prazo judicial assinalado de trinta dias, nada resta, ao Juízo, que não seja a aplicação dos meios coercitivos cabíveis, inclusive multa pessoal ao gestor responsável”.

Ao intimar o prefeito de Niterói  “mais uma vez e pessoalmente”, a juíza estabeleceu uma multa pessoal e diária a Grael de R$ 10 mil “desde já limitada a à R$ 500 mil”. Ela também o proibiu de promover transformações de cargos na municipalidade, por um prazo de 15 dias.

Até a última sexta-feira (7), o Diário Oficial do município registrou movimentações de exonerações e nomeações normalmente.

Essa decisão judicial é mais uma etapa de uma ação civil pública de iniciativa do Ministério Público do Rio de Janeiro, que data de 2015, que tem como objetivo investigar o número de cargos comissionados da administração municipal que, na avaliação do MPRJ, é elevado.

Foi por também considerar elevado o número de comissionados na Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento de Niterói (Emusa) que o MPRJ, em março de 2023, instaurou um inquérito no qual o Grael e o então presidente da Empresa,Paulo Cesár Carrera, deveriam explicar à Justiça a contratação de mais de mil funcionários comissionados e informar suas respectivas atribuições.

Em um dos “rounds” entre a prefeitura e o MPRJ, relacionado com a Emusa, o Ministério Público chegou a pedir o afastamento de Grael que reagiu dizendo que via “ação política”, naquele pedido.

O caso Emusa segue em andamento.

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