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Interdição da praça de Maria Paula já dura dois anos

Por Gabriel Mansur
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Espaço só será reaberto em janeiro de 2023. Moradores aprovam reforma, mas contestam atraso
Placa colocada pela Emusa confirma reabertura de praça para janeiro de 2023. Foto: Gabriel Mansur
Placa colocada pela Emusa confirma reabertura de praça para janeiro de 2023. Fotos: Gabriel Mansur

Era outubro de 2020, véspera das eleições municipais, quando a praça Tancredo Neves, no bairro de Maria Paula, foi interditada para reformas. O prefeito de Niterói ainda era Rodrigo Neves (PDT), mas Axel Grael (PDT), que exerce o cargo desde janeiro de 2021, seria eleito – no primeiro turno das eleições, em novembro – para sucedê-lo.

Diante do processo de sucessão ao Executivo Municipal, somado às regras sanitárias impostas para frear o contágio da Covid-19, a obra, orçada em cerca de R$ 1,1 milhão, ficou parada entre outubro de 2020 e 29 de março de 2022, data que marcou, enfim, o reinício da revitalização do espaço.

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A previsão de entrega, segundo resposta da Prefeitura após questionamento do A Seguir, é dia 28 de janeiro de 2023, ou seja, serão dois anos e três meses de interdição.

Prestes a completar dois anos de interdição, local segue com entulhos.

Moradores aprovam revitalização, mas questionam atraso

O atraso na obra incomoda alguns moradores do bairro, visto que a praça era a única área de lazer da região. Adriana Rodrigues, nascida e criada em Maria Paula há 46 anos, como fez questão de ressaltar, relata que, por falta de uma opção mais próxima para entretenimento, tem levado as crianças para o Campo de São Bento, em Icaraí.

– Quando fechou em 2020, ficamos sem nenhuma área de lazer. A gente leva as crianças daqui para o Campo de São Bento, por exemplo, porque não tinha nada aqui. A nossa referência era a pracinha. A população ficou muito revoltada quando foi interditada. Tinha aula de ginástica da terceira idade. Não avisaram que seria interditado – disse.

Ainda que conteste a demora, Adriana aprova o projeto de reforma. Ela alega estar “ansiosa” para poder, enfim, usufruir do espaço revitalizado.

– Para nós que moramos aqui, vai ser um bem muito positivo. Estamos todos ansiosos para que acabe a obra para podermos vir para cá à noite, à tarde, tomar um picolé, sentar, fazer uma academia. Os meninos dançam, tem um grupo que coloca caixa de som. Para o bairro de Maria Paula vai ser um bem muito grande – concluiu.

Bicicletários já foram instalados no entorno da praça.

A ansiedade de Adriana é compartilhada por Luiz Henrique, dono da banca do trevo, localizada em frente à praça. À la Carlos Alberto de Nóbrega, no programa de TV “A Praça é Nossa”,  ele conversa com os frequentadores da pracinha há 15 anos, desde que instalou seu ponto comercial por ali. Segundo ele, a reforma era necessária.

– Eu não sei se há pessoas reclamando sobre a obra, se está demorando ou não, mas, para mim, essa obra é fora de série. Os equipamentos estavam enferrujados, velhos, havia um aspecto de abandono, as pessoas fumavam maconha na praça. Agora está ficando muito mais bonito, vejo de forma positiva – completou.

O projeto

O projeto de revitalização da praça contém novo campo de futebol com grama sintética e novos refletores, implantação e podas de árvores, além da instalação de academia da 3ª idade com aparelhos de exercícios.

No entorno já foi instalado piso intertravado, bicicletários, palco para eventos, área de convivência com bancos e mesas de concreto, além de acessibilidade nos acessos e paisagismo nos jardins.

Praça de Maria Paula está interditada desde outubro de 2020.

A obra está sob responsabilidade da Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa). Inicialmente, a vencedora da licitação para fazer a reforma foi a Américas Comércio e Construções. Porém, após o abandono, quem assumiu o controle foi a construtora Monobloco Construções Eirelli EPP.

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