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Nas últimas semanas, A Seguir Niterói entrevistou os candidatos à Prefeitura de Niterói. Buscou respostas para os principais problemas apontados pelos moradores. Todos os candidatos receberam a equipe do portal ou responderam às perguntas enviadas. Incluindo o candidato Guilherme Bussinger, do Mobiliza, que renunciou na segunda-feira (30), para apoiar a candidatura de Rodrigo Neves. O único candidato que não se apresentou para dar conta de seus planos aos eleitores foi o representante do PL, Carlos Jordy.
As entrevistas estão reproduzidas na íntegra na área reservada a reportagens especiais.
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Na reta final da campanha, quando a mobilização toma conta das ruas e ainda existem eleitores indecisos, A Seguir revista os planos apresentados pelos candidatos para enfrentar problemas da cidade, como Saúde, Educação, Mobilidade e Segurança, entre outros. É mais uma contribuição do jornalismo da cidade para que o eleitor possa fazer uma escolha consciente na hora do voto. As informações sobre as propostas de Jordy foram levantadas no programa que registrou no TER-RJ.
O tema desta edição é saber o que motiva os candidatos a disputar a prefeitura de Niterói. Veja o que responderam:
Rodrigo Neves (PDT)
“Na política, me engajei muito cedo nos movimentos ligados à pastoral social da Igreja Católica, fui líder da União Niteroiense dos Estudantes, vereador, deputado e secretário de estado. Quando assumi a prefeitura pela primeira vez, em 2013, aos 36 anos, Niterói sofria uma gravíssima crise desde a tragédia do Bumba, em 2010. A cidade estava quebrada, com seu orgulho ferido e sem projetos. Em um curto período, arrumamos as contas públicas, modernizamos a gestão e fizemos a cidade progredir em todas as frentes. Ao concluir o mandato, em 2020, Niterói consolidou-se como a melhor cidade em qualidade de vida do estado. No entanto, existem novos desafios que necessitam ser superados e precisamos proteger a nossa aldeia. Niterói não pode correr riscos e retrocessos com aventureiros e extremistas. Quero voltar a fazer um governo ainda melhor e, com a minha vice-prefeita, Isabel Swan, que será a primeira mulher a ocupar esse cargo, e a sociedade civil de Niterói, vou transformar nossa cidade no melhor lugar para viver e ser feliz do Brasil”.
Talíria Petrone (Psol)
“A gente vive um momento em Niterói que existe uma estagnação muito grande. Nossa cidade é muito linda, com gente trabalhadora, uma potência cultural imensa, orçamento gigante, mas está estagnada. E a gente olha a cidade andando para trás. Essa candidatura vem porque é a única capaz de tirar Niterói da estagnação. Se Niterói estivesse indo bem, não estaríamos aqui propondo um caminho de renovação para a cidade. E também porque é o momento de derrotar o retrocesso, o atraso e fazer a cidade andar para frente”.
Bruno Lessa (Podemos)
“Minha decisão de disputar a prefeitura foi tomada por volta de fevereiro. Foi um momento de muita reflexão pessoal. O que me motivou ser candidato a prefeito foi oferecer, de fato, uma alternativa para o niteroiense. No cenário que se punha, até então, com as candidaturas do Rodrigo (Neves) , (Carlos) Jordy e Talíria (Petrone), uma parcela significativa da nossa cidade não se sentiria confortável para votar em nenhum dos três. Acredito que existe um sentimento de mudança, no niteroiense, com relação ao grupo político que está aí há 12 anos, liderado pelo Rodrigo e há um sentimento de cansaço desse grupo, na minha opinião. Também não enxergo, no Jordy e na Talíria, que estão posicionados nessa polarização ideológica estridente, um pouco sintomática do Brasil de 2018 para cá, alternativas com capacidade de gerir a prefeitura de Niterói. A gente precisa de alguém de centro, no campo de oposição ao Rodrigo. A gente pode derrotar o Rodrigo. Se o segundo turno for Rodrigo e eu, o debate ideológico é posto de lado e a gente passa a debater, concretamente, os problemas da cidade. Debate esse que o Rodrigo está fugindo. A mudança é fundamental em Niterói, a alternância de poder é fundamental para a democracia”.
Alessandra Marques (PCO)
“Venho como candidata à prefeitura porque, além de ser uma excelente época para o trabalho de rua junto ao povo, porque a candidatura serve como um holofote, para ser uma opção de candidatura que realmente defende um governo de trabalhadores; para despertar o povo à organização política e também divulgar a luta de classes e o programa revolucionário do Partido da Causa Operária”.
Danielle Bornia (PSTU)
“Não se trata de um projeto pessoal. É uma tarefa política: apresentar um programa de Oposição de Esquerda Revolucionária e Socialista, defender que a juventude e os trabalhadores devem governar a cidade através dos Conselhos Populares e apoiar todas suas lutas. Somos oposição a todos os governos: Lula, Cláudio Castro, Axel Grael. Queremos mostrar que a juventude e os trabalhadores têm uma alternativa tanto à Frente Ampla de Lula, Rodrigo Neves e Talíria (Petrone), quanto à ultradireita de (Jair) Bolsonaro, Cláudio Castro e (Carlos) Jordy, que, cada um a sua maneira, representam os interesses dos capitalistas”.
Carlos Jordy
O candidato do PL não deu entrevista.
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