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Eleições 2024: as propostas dos candidatos à Prefeitura de Niterói para Segurança

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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A Seguir ouviu os candidatos sobre os principais problemas da cidade. Na segurança, mais vigilância e guardas estão entre as propostas
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Candidatos são favoráveis ao aumento de câmeras “de olho” na cidade. Foto: arquivo A Seguir Niterói

Nas últimas semanas, A Seguir Niterói entrevistou os candidatos à Prefeitura de Niterói. Buscou respostas para os principais problemas apontados pelos moradores. Todos os candidatos receberam a equipe do portal ou responderam às perguntas enviadas. Incluindo o candidato Guilherme Bussinger, do Mobiliza, que renunciou na segunda-feira (30), para apoiar a candidatura de Rodrigo Neves. O único candidato que não se apresentou para dar conta de seus planos aos eleitores, foi o representante do PL, Carlos Jordy.

As entrevistas estão reproduzidas na íntegra na área reservada a reportagens especiais.

Leia mais: Eleições 2024: as propostas dos candidatos à Prefeitura de Niterói para Mobilidade

Na reta final da campanha, quando a mobilização toma conta das ruas e ainda existem eleitores indecisos, A Seguir revista os planos apresentados pelos candidatos para enfrentar problemas da cidade, como Saúde, Educação, Mobilidade e Segurança, entre outros. É mais uma contribuição do jornalismo da cidade para que o eleitor possa fazer uma escolha consciente na hora do voto. As informações sobre as propostas de Jordy foram levantadas no programa que registrou no TER-RJ.

O tema desta edição é Segurança. Veja o que pensam os candidatos:

Rodrigo Neves (PDT)

“Segurança é uma prioridade. Fizemos uma aposta no meu governo e decidimos investir nessa área e construímos o Pacto Niterói contra a Violência. Foi uma revolução na segurança da nossa cidade. Agora, vamos aprofundar esses investimentos. Vamos ter rondas noturnas da Guarda Municipal, principalmente no Centro, onde teremos o novo vetor de desenvolvimento da cidade. Segurança se faz com integração, forças policiais nas ruas e tecnologia. A questão da população em situação de rua será solucionada com ações integradas de assistência social, ordem pública e saúde. Niterói se destacou na última década por investimentos na segurança, como a criação do Centro Integrado de Segurança Pública e a instalação do Cerco Eletrônico para monitorar todas as entradas e saídas da cidade com tecnologia de leitura de placas interligado às forças de segurança. Dobramos o efetivo da Guarda Municipal, que hoje tem o maior número de agentes permitido por lei, e assumimos o financiamento da operação Niterói Presente. Os resultados foram claros, com mais polícia na rua, e a população reconheceu isso. Esse programa precisa voltar. Vamos dobrar o número de homens e viaturas do Niterói Presente e levar o Cerco Eletrônico para os bairros. Segurança é a base para que uma cidade possa se desenvolver, e sua população viver em tranquilidade. O Pacto Niterói contra a Violência, que lancei no segundo mandato, olha a segurança de maneira holística e abrangente, não só com polícia, mas também com a retaguarda social e de prevenção”. 

Talíria Petrone (Psol)

“Segurança, é sim, papel do município. Vamos transformar a secretaria de Ordem Pública, que hoje acaba sendo específica para cuidar da Guarda Municipal, em uma secretaria de Segurança Cidadã, com objetivo de prevenção. E uma forte e cotidiana relação entre os diferentes entes da polícia. A Guarda Municipal estará a serviço do seu papel. Não é para brigar com camelô. É para guardar os patrimônios, auxiliar no enfrentamento da violência doméstica, ter parceria com o policiamento comunitário. Vai ser uma guarda valorizada, com seu planos de cargos e salários. Guarda municipal não armada. Guarda armada é risco para os agentes porque você muda o papel da guarda. Os agentes armados que aqui estiverem vamos trabalhar para que tenham critérios. Uma coisa importante é garantir o policiamento descentralizado pela cidade. Por isso é importante atuar em parceria com o governo do estado e a secretaria de Segurança Cidadã vai ter como uma das principais funções as articulações cotidianas. Tem também a questão do ordenamento urbano. Mudar as lâmpadas para led garante mais iluminação e segurança, por exemplo. Praças ocupadas, uma cidade viva, isso é mais segurança. A praça São João, no Centro, à noite, é um horror, tá largada. E cresce o número de pessoas em situação de rua”.

Bruno Lessa (Podemos)

“Tenho a proposta dos totens de segurança, que é uma espécie de botão do pânico, que ficarão instalados em alguns lugares, conectados em um aplicativo. Esse aplicativo estará ligado com a Central. Tem que transformar o Cisp (Centro Integrado de Segurança Pública de Niterói) em um grande centro de inteligência. O Cisp, hoje, tem pouca capacidade de atendimento porque tem pouca câmera. Vamos aumentar significativamente o número de câmeras. Não pode ter menos do que 2 mil. Hoje temos cerca de 600, mas em operação apenas 280, se não me engano. As câmeras estão instaladas, mas não estão em operação por questões de contrato, ou seja, uma questão de burocracia aliada com profunda incompetência. Tem que criar os portais de segurança na entrada e saída da cidade. Também acho importante o aumento do efetivo da guarda municipal para mil guardas, fazendo concurso para isso. Temos uma guarda qualificada, os guardas de Niterói são bons. A prefeitura pode ajudar muito na vigilância da cidade, na sensação de polícia de proximidade com o cidadão. E eu defendo a retomada da direção do Segurança Presente para o município porque é o que no niteroiense quer. O morador se sente mais seguro se o Segurança Presente estiver ligado diretamente ao gabinete do prefeito. Reconheço no Segurança Presente um grande programa. Os índices de criminalidade da cidade reduziram. O programa era bom com a gestão da prefeitura e continua sendo muito bom com a gestão do governo do estado. A questão é que o niteroiense se sente mais confortável se o programa tiver uma gestão municipal e eu, enquanto prefeito da cidade, vou defender aquilo que eu acredito que o niteroiense quer”.

Alessandra Marques (PCO)

“Primeiro, é importante esclarecer que qualquer candidato que se proponha a fazer grandes projetos está mentindo e enganando o povo. A nossa proposta para implementar qualquer política é a organização de conselhos compostos pelos trabalhadores. É necessário que o próprio povo determine o que, de fato, precisa ser feito. Então, a tarefa de qualquer governo é não só discutir, mas garantir que o povo tenha uma participação efetiva no processo político”.

Danielle Bornia (PSTU)

“Niterói é a cidade da desigualdade. O município que se orgulha de ter entrado na rota dos empreendimentos imobiliários de alto luxo e de ter o terceiro maior IDH do país, é o mesmo que vê crescer a miséria, o desemprego e o subemprego. Esse quadro está no contexto da segurança. Queremos garantir que todo trabalhador e trabalhadora possa ter emprego, moradia, saúde e educação pública e de qualidade, acesso à cultura e lazer. Para isso, é preciso enfrentar os banqueiros e os bilionários, donos das grandes empresas. Romper com a Lei de Responsabilidade Fiscal para investir em naquilo que a população trabalhadora precisa”.

Carlos Jordy

O candidato do PL não deu entrevista. Consta no seu “Plano de Governo 2025-2028” a meta de instalar câmeras em todos os pontos de ônibus e guarda municipal com 1 mil agentes.

 

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