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4.783. Esse foi o total de votos recebidos pelo candidato a vereador mais votado em Niterói, na eleição passada. O número representava 1,91% dos eleitores da cidade. Foram dados para Andrigo (PDT), filho do ex-vereador Ribamar de Carvalho e ex- secretário municipal do Idoso.
Porém, em 2020, foi possível conquistar uma das 21 vagas no legislativo municipal com 1.362 votos. Foi o caso de Folha (PSD), então, o último a “entrar” na casa.
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O segundo mais votado, na eleição passada, foi o Professor Túlio (Psol), com 4.534 votos, ficando Renato Cariello (PDT) em terceiro lugar (4.458). Todos eles são, agora, candidatos à reeleição.
Em 2020, Niterói teve 391.268 eleitores; agora em 2024, são 410.032. Na eleição municipal passada, 684 pessoas lançaram candidaturas para vereador; agora, são 384 candidatos disputando votos para a Câmara, por 17 partidos ou federações de partidos. Isso aconteceu porque houve uma mudança na legislação eleitoral.
O cálculo de votos para a eleição de vereador leva em consideração conceitos como quociente eleitoral, quociente partidário, média e sobras de vagas. Isso decorre do fato de a eleição de vereadores ser baseada no sistema proporcional de votação, por meio do qual nem sempre quem tem o maior número de votos é eleito.
A legislação relacionada com a eleição de vereadores tem sofrido várias alterações. Em 2020, os cálculos mudaram com o fim das coligações partidárias proporcionais. Em 2015, para evitar o fenômeno de “puxadores de votos”, que resultava na eleição de vereadores com pouquíssimos votos, foi criada uma regra que determinou que, para ser eleito, o vereador precisa ter, pelo menos 10% do quociente eleitoral.
Com essa norma, os vereadores precisam ter um número mínimo de votos para poder ter condições de ser eleito. Mesmo que o partido tenha alcançado mais de uma vez o quociente eleitoral.
Na matemática da eleição para vereador, em 2020, por exemplo, 3.711 votos não foram suficientes para garantir uma vaga na Câmara Municipal para Ricardo Evangelista (Republicanos), mas Gallo (Cidadania) foi eleito com 3.597 votos.
Anderson Pipico (PT), com 3.066 votos só conseguiu ser suplente de Verônica Lima (PT), a sétima candidata mais votada (4.220 votos). Em 2022, quando ela se elegeu deputada estadual, Pipico assumiu sua vaga na Câmara Municipal. Entre uma eleição e outra, ele foi secretário de Participação Social no governo de Axel Grael (PDT).
O Professor Luciano Paez (PV) já concorreu a uma vaga de vereador por três vezes (2012, 2016 e 2020). Em todas foi suplente, mas se tornou secretário do Clima, também na atual gestão municipal. Fernando Brandão, então do Avante, também só conseguiu ser suplente, com seus 1.033 votos., em 2020. Ele foi presidente da Fundação de Arte de Niterói (FAN) na gestão Axel Grael. Ambos são candidatos a vereador outra vez em 2024.
Vários “figurões” da política local foram barrados, nas eleições de 2020 como, por exemplo, João Gustavo (então do PP, 2.200 votos), Zaf (Solidariedade, 1.670 votos), Beto Saad (PV, 1.660 votos) e Tania Rodrigues (PDT, 615 votos).
O cantor e compositor Marcos Sabino (PDT), em 2020, recebeu 398 votos e se tornou quarto suplente. Ele assumiu uma vaga na Câmara Municipal em 2022, quando Tania Rodrigues (que também era suplente, mas assumiu a vaga de Binho Guimarães) se licenciou para assumir a Coordenadoria de Acessibilidade do governo municipal. Binho Guimarães, que tinha sido eleito com 2.999 votos, deixou a Câmara para assumir a Administração Regional da Região Oceânica. Sabino, à época, era o presidente da Fundação de Artes de Niterói, tendo sido substituído por Fernando Brandão.
A atual candidata à vice-prefeita, na chapa encabeçada por Carlos Jordy (PL) também tentou ser vereadora, sem êxito, na eleição municipal passada. Alexandra Ferro, então do Cidadania, obteve 741 votos.
Em 2020, seis candidatos a vereador não receberam um único voto, ou seja, nem eles votaram neles. Foram Gerusa e Patrícia Cruz, ambas do Avante; Renata Vianna (PROS), Kiko de Coração (PC do B), Newton da Mineira (PMN) e Maykon Messias (Republicanos).
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