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Campanha mais rica para a prefeitura de Niterói é a de Carlos Jordy (PL)

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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O orçamento da União para o financiamento de campanhas, em 2024, foi de R$ 4,9 bilhões; PL foi o partido que mais arrecadou
carlos jordy no centro
O candidato (D) conversa com eleitores no Centro de Niterói. Foto: arquivo A Seguir Niterói

Dos sete candidatos à prefeitura de Niterói, em 2024, Carlos Jordy foi quem mais recebeu dinheiro proveniente do Fundo Partidário. Para a  campanha do PL, na cidade, foram destinados R$ 9 milhões – R$ 6 milhões vindos do Partido Liberal e outros R$ 3 milhões vindos do Progressistas.

Leia mais: Pesquisas eleitorais de Niterói impugnadas pela Justiça Eleitoral

O orçamento da União para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, em 2024, foi de R$ 4,9 bilhões, distribuídos por 29 partidos. A nível nacional, o PL abocanhou a maior fatia: R$ 886,8 milhões, ficando o PT em segundo lugar (R$ 619,8 milhões) e o União Brasil em terceiro (R$ 536,5 milhões).

Fonte: TSE

Sim, campanhas políticas são financiadas com dinheiro público. O Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, denominado Fundo Partidário, é constituído por dotações orçamentárias da União, multas, penalidades, doações e outros recursos financeiros que lhes forem atribuídos por lei. 

O fundo foi criado em 2017 como alternativa ao fim do financiamento de campanhas por empresas privadas. A distribuição dos recursos segue o seguinte critério: 

  • 2%, divididos igualitariamente entre todas as legendas com estatutos registrados no TSE;
  • 35%, divididos entre os partidos que tenham, pelo menos, um representante na Câmara dos Deputados,na proporção do percentual de votos obtidos na última eleição;
  • 48%, divididos entre as siglas, na proporção do número de representantes na Câmara, consideradas as legendas dos titulares;
  • 15%, divididos entre os partidos, na proporção do número de representantes no Senado Federal, consideradas as legendas dos titulares.

Niterói

Em Niterói, a campanha de Carlos Jordy recebeu, ao todo, R$ 9.005.000,00. Isso porque, além do dinheiro do Fundo Partidário, foram feitas duas doações: um Pix de R$ 3 mil feito por Nilson Andrade de Souza Castro, que faz parte da equipe do gabinete do deputado federal; e outro Pix de R$ 2 mil feito pelo próprio Carlos Jordy. Valor ultrapassa o limite legal de gastos dos candidatos para o 1º turno, estipulado em R$ 8.006.882,59.

A segunda campanha mais rica é a do candidato do PDT, Rodrigo Neves: R$ 6.080.000,00, verba exclusiva do Fundo Partidário. Desse total, R$ 6 milhões vieram do PDT e R$ 80 mil do PV.

A terceira campanha que mais recebeu verba do Fundo Partidário foi a de Talíria Petrone: R$ 4 milhões. A verba total da candidata do PSOL ficou em R$ 4.019.053,70.

Essa diferença é proveniente de doações de professores universitários; uma vaquinha que contou com contribuições de R$ 20,00 a R$ 500,00, totalizando R$ 1.053,70 e serviços. Nesse caso, R$ 2 mil são referentes à participação da atriz Elizabeth Savala, que gravou vídeo para a campanha abrindo mão do cachê e R$ 1 mil por conta de produção de jingle doada para a candidata.

Em quarto lugar no recebimento de verba do Fundo Partidário está Bruno Lessa. Do Podemos, ele recebeu R$ 1.579.089,52. Ao todo, o montante da sua campanha chegou a R$ 1.628.089,52, com as doações feitas, inclusive, pelos pais do candidato que somam R$ 30 mil.

A candidata do PSTU, Danielle Bornia, recebeu de Fundo Partidário R$ 28.425,00. Ao todo, sua campanha vai dispor de R$ 31.139,00 por ter recebido doações, inclusive do vice na sua chapa, Sérgio Perdigão. Ele contribuiu com R$ 1.200,00.

Na prestação de contas à Justiça Eleitoral, Alessandra Marques (PCO) informou não ter recebido verba para a campanha. Já o candidato do Mobiliza, Guilherme Bussinger, até o momento, não apresentou prestação de contas à Justiça Eleitoral.

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