Niterói por niterói

Pesquisar
Close this search box.
Publicado

Boletim da Fiocruz aponta piora no quadro de leitos de UTI Covid-19 no país

Por Redação
| aseguirniteroi@gmail.com

COMPARTILHE

Segundo a publicação, Estado do Rio de Janeiro permanece na zona de alerta intermediário, mas município já entrou para zona de alerta crítico
Design sem nome (100)
Em 12 estados, houve um aumento nas taxas de ocupação. Foto: Divulgação

Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quarta-feira (26) aponta uma piora na ocupação dos leitos de UTI para adultos no SUS, com muitos estados ampliando a oferta de leitos para suprir a demanda. Segundo a publicação, em 12 unidades da Federação (UF) houve um aumento nas taxas de ocupação. Das 27 UF, 6 estados e o Distrito Federal estão na zona de alerta crítico. Além disso, 12 estados estão na zona de alerta intermediário, entre eles, o Rio de Janeiro (62%), e 8 estão fora da zona de alerta.

Leia mais: Niterói tem quase 300 pessoas internadas com Covid nas redes pública e privada

Os pesquisadores do Observatório apontam que o cenário está nitidamente piorando, embora o avanço da vacinação ajude a desenhar um quadro diferente em comparação a outros momentos mais críticos da pandemia. A Nota Técnica mostra que, mesmo que um número inferior de casos necessitem de internação em UTI, a grande transmissibilidade atual, impulsionada pela variante Ômicron, gera números expressivos que pressionam o sistema de saúde.

Eles ressaltam ainda que a vacinação faz com que indivíduos se tornem pouco suscetíveis a internações, mas a idade avançada e comorbidades podem gerar vulnerabilidades, tendo em vista que uma parte considerável da população ainda não recebeu a dose de reforço e outra parcela não foi vacinada.

Diante desse quadro e em meio à estação mais quente do ano – além de ser um período de férias, que favorece aglomerações, os especialistas reforçam a importância de avançar na vacinação e “endurecer” a obrigatoriedade do uso de máscaras e do passaporte vacinal em locais públicos. Os pesquisadores também sugerem a promoção de campanhas de orientação à população e o autoisolamento, em caso de aparecimento de sintomas da Covid.

Leia também: Número de pacientes com Covid em UTIs mais que dobra em Niterói

O boletim mostra que Pernambuco (81%), Espírito Santo (80%) e Goiás (82%) se mantiveram na zona de alerta crítico, juntando-se a eles Piauí (82%), Rio Grande do Norte (83%), Mato Grosso do Sul (80%) e Distrito Federal (98%). Na zona de alerta intermediário permaneceram Amazonas (75%), Roraima (70%), Pará (76%), Tocantins (77%), Ceará (75%) e Bahia (67%) e entraram Rondônia (65%), Amapá (69%), Rio de Janeiro (62%), São Paulo (66%) e Paraná (61%), que estavam fora da zona de alerta. Mato Grosso (78%) deixou a zona de alerta crítico e também ingressou na zona de alerta intermediário.

Fonte: Fiocruz

Entre as 25 capitais com taxas divulgadas, 9 estão na zona de alerta crítico: Porto Velho (89%), Rio Branco (80%), Macapá (82%), Fortaleza (93%), Natal (percentual estimado de 89%), Belo Horizonte (95%), Rio de Janeiro (98%), Cuiabá (89%) e Brasília (98%). Catorze estão na zona de alerta intermediário: Manaus (75%), Boa Vista (70%), Palmas (69%), São Luís (64%), Teresina (percentual estimado em 79%), Maceió (65%), Salvador (67%), Vitória (77%), São Paulo (71%), Curitiba (71%), Florianópolis (69%), Porto Alegre (60%), Campo Grande (79%) e Goiânia (75%).

Dados divergentes no município do Rio

O boletim ainda informa que quanto à cidade do Rio de Janeiro, esclarece-se que a taxa apresentada foi obtida a partir de dados do painel da Secretaria Municipal de Saúde, considerando um total de 486 leitos de UTI SRAG/Covid-19 para adultos não bloqueados, entre os quais 10 disponíveis, 274 ocupados por pacientes com Covid ativa, 38 por pacientes pós-Covid e 164 com outros diagnósticos.

Em comparação aos dados providos pela Secretaria Estadual de Saúde, que registra 488 leitos e uma taxa de 77% de ocupação na capital fluminense, nota-se que o número de leitos aproximadamente coincide, mas a taxa difere significativamente, o que pode pôr em xeque a própria taxa do estado.

COMPARTILHE