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Em uma apresentação quase sem erros, a Unidos da Viradouro foi destaque do Carnaval 2024. A escola se inspirou na ancestralidade e apresentou um enredo sobre o culto ao vodum serpente, na África, e no Brasil com uma cobra gigante circulando pela avenida.
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No entanto, a escola está sendo acusada por uma possível irregularidade na Comissão de Frente. Isso porque ela teria ultrapassado o limite de 15 integrantes visíveis durante a apresentação da escola. A Unidos do Viradouro contava com 24 componentes: 14 femininos e 10 masculinos.
A direção da Grande Rio, Imperatriz Leopoldinense, Mocidade, Beija-Flor, Salgueiro, Portela, e Paraíso do Tuiuti enviaram à Liesa, na tarde desta quarta-feira (14), um documento pedindo punição à Viradouro por uma possível irregularidade na sua Comissão de frente, durante o desfile. A solicitação é pela perda de 0,5 ponto.
O presidente de honra da Viradouro, Marcelo Petrus Kalil, nega irregularidades. Mesmo caso seja aceita a penalidade, a escola segue como a campeã do Carnaval de 2024.
Diferente do que muitos imaginavam, a serpente não foi comandada por um robô e, sim, por um bailarino, o Wesley Torquato, de 23 anos. Ao longo do desfile, ele ficou deitado dentro da alegoria sobre um skate, enquanto comandava com um controle os movimentos.
O enredo foi desenvolvido pelo Tarcisio Zanon e convida a um passeio pela história, levando uma mensagem de defesa de liberdade de culto e do respeito entre as religiões. “Esse enredo nasce de uma forma muito intuitiva como uma forma desmitificar o vodum”, afirma Tarcisio Zanon.
A escola foi elogiada por diversos componentes: alegorias e fantasias, assim como nos quesitos técnicos como Evolução e Harmonia. A agremiação também foi elogiada.
O samba-enredo, defendido pelo veterano Wander Pires, funcionou e foi cantado pelos componentes. A bateria de mestre Ciça foi outro ponto alto.
A comissão de frente, idealizada por Priscila e Rodrigo Negri, impressionou pela sua estética e foi ovacionada pelo público. Houve apenas um pequeno deslize após o segundo módulo de jurados, quando o componente que rastejava, simulando uma serpente, quase foi “atropelado” pelo elemento cenográfico.
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