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Vereador bolsonarista Douglas Gomes é condenado por crimes de injúria e transfobia

Por Redação
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Os crimes foram cometidos contra a sua colega na Câmara dos Vereadores, Benny Briolly
douglas gomes
O vereador foi condenado a 1 ano e 7 meses de prisão. Foto: reprodução rede social

Por injúria e transfobia, o vereador de Niterói Douglas Gomes (PL) foi condenado a 1 ano e 7 meses de prisão pela 2ª Vara Criminal de Niterói. Os crimes foram cometidos contra a sua colega na Câmara dos Vereadores, Benny Briolly (PSOL). O vereador anunciu que vai recorrer da decisão..

Na justificativa da sua decisão, a juíza Claudia Monteiro Alburquerque  afirmou que “é claro que o vereador se utilizava da tratativa no gênero masculino para se referir à vereadora, como forma de desrespeitar sua identidade de gênero em suas redes sociais”.

Douglas Gomes, único vereador bolsonarista eleito em 2020, chamou Benny, vereadora trans, de “homem”. Além disso, em uma discussão no plenário da Câmara, em março do ano passado, ele se referiu à colega de parlamento como “vagabundo, “muleque” e “seu merda”.

Na sua conta do Twitter, Benny considerou a condenação como um momento “histórico” e escreveu:

“Vereador bolsonarista, @verdouglasgomes, aqui de Niterói, é o primeiro parlamentar condenado pelo crime de transfobia no Brasil, por uma ação movida por minha mandata. O criminoso recebeu ontem (28 de junho), no dia do orgulho LGBTQIAP+, 1 ano e 7 meses de prisão”.

Também pelo seu perfil do Twitter, o vereador se manifestou:

“A juíza Cláudia Monteiro Albuquerque, da 2° Vara Criminal de Niterói, me condenou por transfobia por chamar um homem de homem”.

No Instagram, ele afirmou que o Ministério Público pediu a sua absolvição, “mas uma juíza militante da Segunda Vara Criminal de Niterói” o condenou “sem fundamento na lei”.

Em nota encaminhada para a imprensa, o vereador afirma que foi “surpreendido” com a sentença de sua prisão, no último dia 28, “data símbolo do orgulho LGBT”.

“É um absurdo que mesmo eu tendo imunidade parlamentar para defender meus valores e minha convicção religiosa, por causa de um ativismo judicial que já está implantado na justiça brasileira, vivenciamos mais uma vez o poder judiciário condenando um parlamentar por suas palavras”, afirma o vereador. “Me parece que esta sentença é mais uma tentativa de me calar por combater a imposição da agenda LGBT, como no caso do meu projeto de lei que proíbe uso de banheiros femininos por homens biológicos. Iremos recorrer da decisão.”

Ameaças

Benny foi a vereadora mais votada em Niterói e primeira travesti eleita no Rio de Janeiro. Ela já foi ameaçada de morte várias vezes. Há seis dias, ela denunciou a mais recente ameaça recebida, também pelo seu perfil do instagram:

“Recebi mais uma ameaça de morte, só que dessa vez pelo e-mail institucional da Alerj, com endereço do gabinete do deputado estadual Rodrigo Amorim. Com conteúdos transfóbicos e racistas”.

O deputado (PTB) bolsonarista, também por intermédio da sua conta no Instagram, afirmou, que o “famigerado e-mail não partiu” do seu gabinete.

Com G1

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