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Na última segunda-feira (1º), foi identificado o primeiro caso da variante XBB.1.16 da Covid-19, também conhecida como Arcturus. A prefeitura da cidade de São Paulo confirmou o primeiro caso da variante, que tem como os principais sintomas irritação nos olhos (parecidos com conjuntivite), tosse seca e episódios febris. Segundo a prefeitura, a variante está sendo monitorada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma variante de interesse, mas, até o momento, não apresentou gravidade ou aumento no número de casos na cidade de São Paulo.
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O A Seguir conversou com especialistas da área de saúde para saber o que foi pesquisado até agora sobre a variante e se já houve algum estudo que mostre a eficácia da vacina bivalente contra a nova variante XBB.1.16.
A biomédica Mellanie Fontes-Dutra, que possui pós-doutorado em virologia, afirma que ainda não há dados que comprovem a relação da vacina bivalente com a XBB.1.16, embora “estudos revelem que a nova variante atua de forma bem parecida com as XBB que conhecemos e, para essa, sabemos que a vacina segue protegendo, ainda que haja impacto nos anticorpos neutralizantes”, comenta Mellanie, que complementa: “a Arcturus é recombinante da XBB. 1, o que significa dizer que ela é descendente dela”.
Professor do Departamento de Epidemiologia do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da UFRJ, Guilherme Werneck afirma que, até o momento, ainda não há estudos específicos, mas sendo uma subvariante da linhagem ômicron, acredita-se que o impacto não seja tão grande, pelo menos em termos de doença grave. Guilherme possui doutorado em Saúde Pública e Epidemiologia pela Harvard School of Public Health.
Professor do Instituto de Medicina Social da UERJ e doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz, Mario Roberto Dal Poz afirma que apesar de não ter estudos específicos sobre a variante que surgiu na Índia, a probabilidade da vacina bivalente desenvolver proteção é muito alta, uma vez que ela é subvariante da Ômicron, para qual a vacina bivalente foi desenvolvida.
– Efetivamente ainda não há estudos para essa variante específica, mas a expectativa de que ela proteja contra a Arcturus é muito grande, porque, por ser subvariante da Ômicron, a vacina contém os seus elementos, portanto a probabilidade de que proteja é real. Por isso a importância de se vacinar e ampliar a cobertura vacinal com a bivalente. Ela traz a proteção que se espera – conclui.
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