Niterói por niterói

Pesquisar
Close this search box.
Publicado

Tolueno ainda aparece em pelo menos um ponto do rio Guapiaçu, que abastece Niterói

Por redação
| aseguirniteroi@gmail.com

COMPARTILHE

Força tarefa ainda monitora presença de solvente, um mês depois de contaminação deixar 2 milhões de pessoas sem água
abastecimento de água contenção de material poluente
Governo do estado criou barreiras de contenção, mas ainda não descobriu origem do tolueno ns rio. Foto: arquivo

Análise laboratorial de mostras de água e solo coletada em 16 pontos do Rio Guapiaçu mostra que em pelo menos um ponto os índices do solvente ainda estão num nível que merece atenção, com concentração entre 2 < 7,1 microgramas por litro,  identificado pela cor amarela, a pior da tabela de aferição divulgada pela força-tarefa do CBH Baía de Guanabara de acompanhamento da crise do Sistema Imunana-Laranjal, que deixou 2 milhões de pessoas sem água em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Marica, em abril.

A força tarefa apresentou os resultados como positivos, em função da baixa presença do solvente em 15 dos pontos pesquisados, um mês depois do acidente, sem que ainda tenham sido identificados os responsáveis. De acordo com o relatório, 14 dos 16 pontos analisados apresentam quantidade de 0,028 a 0,8 microgramas por litro (µg/l) de substância BTEX, que é considerado apropriado para consumo, e em um determinado ponto a quantidade do composto químico é menor que 0,028 (µg/l). O documento, no entanto, não aprofunda a situação do P 12, o ponto que registrou maior concentração do poluente, na área de contenção.

Leia também: Quem contaminou a água de Niterói? Um mês depois, ninguém sabe, ninguém viu | A Seguir Niterói (aseguirniteroi.com.br)

Sem respostas

A coleta foi coordenada pela força-tarefa do Comitê da Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara e dos Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá (CBH Baía de Guanabara), para acompanhamento da crise do abastecimento na região. As análises foram realizadas pelo Laboratório de Estudos Marinhos e Ambientais (LabMAM) da PUC-Rio – coordenado pelo professor Renato Carreira.

Os pontos coletados compreendem o rio Guapi-Macacu, tanto na nascente quanto no seu curso, rio Macacu e rio Guapiaçu, conforme mapa abaixo.

  • P1 – Foz do rio Guapi-Macacu – APA de Guapi-Mirim;
  • P2 – rio Guapi-Macacu;
  • P3 – rio Guapi-Macacu;
  • P4 – rio Guapi-Macacu – RJ493;
  • P5 – jusante da captação – rio Guapi-Macacu;
  • P6 – montante da captação – rio Guapi-Macacu;
  • P7 – rio Guapiaçu;
  • P8 – rio Macacu, ao lado da COMPERJ;
  • P9 – rio Macacu, próximo à bifurcação com rio Guapiaçu;
  • P10 – rio Guapiaçu, contenção nº 7. Sedimento coletado em região mais interna;
  • P11 – rio Guapiaçu, contenção nº 6;
  • P12 – rio Guapiaçu, contenção nº 5;
  • P13 – rio Guapiaçu, contenção nº 4;
  • P14 – rio Guapiaçu, contenção nº 3;
  • P15 – rio Guapiaçu, contenção nº 2;
  • P16 – rio Guapiaçu, contenção nº 1. Margem oposta ao P15.

Foram analisadas a quantidade de substâncias BTEX (benzeno, tolueno, etil-benzeno e xilenos), além de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) e total de hidrocarbonetos de petróleo (TPH fingerprint) nas amostras de água dos rios.

 

 

COMPARTILHE