Niterói por niterói

Pesquisar
Close this search box.
Publicado

Supermercados em Niterói já limitam quantidade de água que pode ser comprada

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

COMPARTILHE

Disputa por garrafas de água mineral já rende bate-boca entre clientes nos estabelecimentos que estão repondo constantemente os estoques
supermecado água
O setor de água mineral era o mais cheio no Mundial do Vital Brazil, nesta sexta-feira (5). Fotos: Sônia Apolinário

A indefinição sobre quando voltará ao normal o fornecimento de água, em Niterói, está levando moradores da cidade aos supermercados. Alguns estabelecimentos estão limitando a quantidade de água mineral a ser comprada pelos consumidores.

Leia mais: Presença do tolueno persiste na água que abastece Niterói e fornecimento ainda não tem previsão de normalização

No Mundial do bairro do Vital Brazil, o limite é de cinco fardos de seis litros, cada, ou um galão de dez litros. Um fiscal de patrimônio do supermercado, que preferiu não se identificar, contou ao A Seguir que a medida foi tomada porque clientes quase brigaram, dentro do estabelecimento, na noite de quinta-feira (4).

Segundo ele, uma única pessoa passou a encher vários carrinhos com os fardos de água e outros consumidores começaram a reclamar. Em segundos, o bate-boca ficou generalizado, obrigando a intervenção de funcionários.

O fiscal contou que na madrugada de sexta-feira, o estoque de água mineral foi reforçado com a chegada de seis caminhões repletos de fardos do produto. Na manhã de sexta-feira (5), o movimento foi acima do normal, para o horário, com a maioria das pessoas levando apenas fardos de água nos carrinhos.

Na tarde desta sexta-feira (5), o movimento de reposição de garrafas de água, nas prateleiras, era tão grande quanto a retirada dos pacotes de água pelos clientes. Difícil encontrar um cliente no supermercado sem carregar alguma quantidade de água.

Sonia Abreu preferiu não sair na foto, mas autorizou o registro do seu carrinho de compras.

Sonia Abreu, moradora de São Francisco, foi ao estabelecimento no Vital Brazil para comprar água para a mãe que mora perto. Ela levou a quantidade máxima a que tinha direito e, ainda assim, acha que mal vai dar para a saída, na família, formada por sete pessoas.

– Quando liberarem a água outra vez, acredito que vai estar em boas condições. O meu medo é a água que foi distribuída até descobrirem o produto químico em níveis elevados. Fico me perguntando se passou muita água contaminada – disse ela.

Presidente da Academia Niteroiense de Letras, Paulo Roberto Cecchetti também renovou seu estoque de água mineral nesta sexta-feira. Porém, a compra do produto, para ele, é rotina:

– Bebo água mineral desde sempre. Eu não confio nessa água normal que distribuem. Será que ficamos tomando água poluída por muito tempo?

Andréa Seixas foi ao supermercado com a filha Carolina e cada uma comprou a quantidade máxima permitida de água:

– Amanhã volto para comprar mais. Acho que não vão resolver o problema tão cedo. Queria saber o que vai acontecer com quem provocou tudo isso. Na verdade, eu sei: nada – afirmou.

Em São Francisco, funcionários do Real informaram que a procura por água tem sido grande e foi preciso repor o estoque ao longo do dia.

COMPARTILHE