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Presença do tolueno persiste na água que abastece Niterói e fornecimento ainda não tem previsão de normalização

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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A Cedae informou que o nível do produto químico na água está decrescendo, mas a qualidade da água não tratada ainda está alterada
Sistema Imunana-Laranjal
Inea e Cedae monitoram a contaminação do Sistema Imunana-Laranjal. Foto Léo Ripamonti/Governo do Estado do Rio de Janeiro

O sistema Imunana-Laranjal segue paralisado na manhã desta sexta-feira (5), ainda em razão de alteração da qualidade da água bruta (ainda não tratada) no manancial de captação, após a detecção do produto químico poluente conhecido como tolueno.

A Cedae informou que o nível do produto químico na água está decrescendo: passou de 59 micrograma/l (quantidade que determinou a paralisação do sistema, na quarta-feira, 3) para 32 micrograma/l (na quinta-feira).

De acordo com a Portaria de Potabilidade 888 do Ministério da Saúde, o nível permitido para este produto é de 30 microgramas por litro. Esse nível foi estabelecido em 2021 pelo ministério da Saúde, o que representa um aumento de 1.400% nível tolerado de tolueno na água até então estabelecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente, que era de 2 micrograma/l.

Novos exames laboratoriais é que irão determinar o retorno da operação do sistema que abastece, além de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, em um total de dois milhões de pessoas.

“A Companhia e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) tranquilizam a população de que não há risco de a substância chegar às residências, porque a captação só será retomada quando a água estiver totalmente adequada para consumo humano. Diante da situação, a Cedae reforça a orientação para que a população faça uso consciente da água, adiando tarefas não essenciais que exijam grande consumo”, afirmou a Cedae, em nota, nesta sexta-feira (5).

Oleoduto

Na quinta-feira à noite, a Cedae informou que foi localizado o ponto exato do vazamento de tolueno, poluente que causou a paralisação da produção de água captada do Sistema Imunana-Laranjal pela operadora, às 5h59 de quarta-feira. Segundo a empresa, o problema estava em um oleoduto no Rio Guapiaçu, em Guapimirim, na Baixada Fluminense.

A Águas de Niterói, concessionária responsável pela distribuição de água para o município, aumentou de 30 para 40 o número de caminhões-pipa apara serem usados no abastecendo de locais que prestam serviços essenciais, na cidade. Porém, segue sem informar os locais mais afetados pelo desabastecimento, em Niterói.

Também por intermédio de nota, a concessionária endossou a informação da Cedae que “ão há nenhum risco de a população da cidade ter recebido água imprópria para consumo”, Segue a nota:

“A Cedae interrompeu o sistema antes da captação da água ser contaminada e garante que a operação só será retomada quando a água estiver totalmente adequada para o consumo humano. Antes de chegar às residências, a água distribuída pela concessionária passa por rigorosos testes, que comprovam o atendimento a todos os parâmetros de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde”.

MPRJ

A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Nova Friburgo do Ministério Público do Rio de Janeiro oficiou a Cedae para que informe o que provocou a poluição, quais medidas foram adotadas para garantir a segurança da água que chega à população e a previsão para normalidade da operação.

 

Para tanto requer relatórios de monitoramento, ações de prevenção e mitigação adotadas para prevenir captação da água bruta contaminada, medidas do plano de contingência adotadas, bem como relatórios preliminares com a identificação dos possíveis responsáveis.

 

Também requereu ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para o recebimento de informações sobre a realização de fiscalização e investigação em curso pelo órgão para identificar as possíveis fontes de contaminação e os prováveis responsáveis. A promotoria requer as informações até a tarde de sexta-feira

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