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Rodoviários de Niterói aceitam reajuste proposto e afastam possibilidade de greve

Por Redação
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Pelo menos 442 trabalhadores votaram a favor da proposta patronal e 149 votaram contra
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Rodoviários aprovam reajuste salarial de 6% e cesta básica de R$ 400, após uma série debates, em assembleia nesta sexta-feira (12). Foto: Divulgação Sintronac

Rodoviários de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá decidiram aceitar a proposta patronal de reajuste salarial de 6%, cesta básica de R$ 400 (hoje é R$ 280) e aumento de 10% no valor do subsídio para aquisição dos uniformes, após uma série debates, em assembleia nesta sexta-feira (12). Pelo menos 442 trabalhadores votaram a favor da proposta patronal e 149 votaram contra. Conforme anunciado no A Seguir: Niterói, na quinta-feira (11), as deliberações ocorreram em dois turnos, pela manhã e à tarde, na sede social do Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo, no bairro do Sapê, em Niterói.

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As empresas haviam inicialmente oferecido apenas 4% de reajuste e aumento de 25% da cesta básica. Os rodoviários recusaram esses valores e entraram em estado de greve. Com a evolução das negociações, a categoria optou por aceitar os 6%, que serão pagos em uma primeira parcela de 3% na folha de novembro e mais 3% em julho de 2022.

– Está longe de ser o ideal, mas foi o que a maioria decidiu. É preciso que o poder público comece a reformulação do sistema de financiamento do transporte coletivo, atualmente custeado quase que totalmente pelo usuário, caso contrário o preço final das passagens ficará inviável para a população – alerta o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira, referindo-se às propostas de mudanças na estrutura financeira do transporte público, que estão sendo debatidas por governos, empresas e trabalhadores.

Atualmente, a inflação descontrolada, acumulada em 10,25% nos últimos 12 meses, tem pressionado os rodoviários a exigirem maiores reajustes salariais. Somado a isso, o aumento do óleo diesel em 65% somente este ano, podem levar o transporte por ônibus a um cenário caótico em 2022, com a projeção de reajuste tarifário em até 50% já a partir de janeiro, segundo dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

– Existem vários modelos de licitação sendo adotados atualmente por prefeituras em todo o Brasil para que o usuário de ônibus não sofra os impactos dos reajustes tarifários, inclusive o subsídio das empresas por quilômetro rodado, entre outros. Precisamos analisar isso no Leste Fluminense, pois nem os trabalhadores e nem os passageiros devem pagar uma conta que não lhes diz respeito – avalia Rubens.

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O presidente do Sintronac ressalta ainda que os trabalhadores precisam ser ouvidos pelos governos, pois são peça fundamental na consolidação de um transporte público de qualidade para a população:

– Estamos estudando todos os modelos que estão sendo aplicados no País e esperamos chegar a um formato ideal para o Leste Fluminense, que será encaminhado, como proposta, para os governos municipais e estadual. Precisamos sempre lembrar que o transporte público aqui também reflete na capital, pois há uma grande massa de pessoas que transitam diariamente pelo Rio de Janeiro, mas moram nas cidades vizinhas – conclui o presidente do Sintronac.

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