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Rio supera São Paulo em roubo de cargas no terceiro trimestre de 2024

Por Redação
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No estado, o Rio, Caxias e São Gonçalo encabeçam o ranking dos roubos; alimentos são os produtos mais visados
carro de polícia
As estradas da Região Metropolitana estão entre as mais perigosas para o transporte de carga. Foto: Arquivo

O Rio de Janeiro aparece com destaque no mapa do roubo de carga no Brasil de 2024. O estado que registrava 18,9% das ocorrências nacionais, somou 25% no ano passado. Permaneceu atrás de São Paulo, maior estado da Federação, que lidera a lista com 45,8%. Mas, a tendência de alta não é boa: no terceiro trimestre de 2024,  as ocorrências no estado do Rio (45,8%) ultrapassaram as São Paulo (36,6%), pela primeira vez na série histórica.

Os dados aparecem no relatório “Análise de Roubo de Cargas” de 2024, organizado pela empresa de logística nstech. O Sudeste  foi a região recordista em prejuízos envolvendo roubo de carga, avançando de 82,9% em 2023 para 83,6% em 2024. São Paulo totalizou 45,8% dos sinistros, seguido por Rio de Janeiro (25%) e Minas Gerais (12,1%). A respeito das demais regiões, o Nordeste somou 11,7% dos sinistros, à frente do Sul (2%), Centro-oeste (1,8%) e Norte (0,9%).

Perigo na estrada

No Estado, tipo de carga roubada se manteve no comparativo com 2023: fracionados somaram 47% dos prejuízos, seguidos por alimentos (27,1%). A cidade do Rio de Janeiro contabilizou um total de 59,4% em prejuízos, bem à frente de Duque de Caxias (13,7%) e São Gonçalo (6,3%). Em 2023, a posição era inversa. Duque de Caxias liderava com 48,5% dos prejuízos, a capital tinha 39,5% e São Gonçalo apenas 0,7%.

Em 2024, mais de 60% do valor sinistrado foi registrado em trechos urbanos. Outros 15,2% se somaram em ocorrências na BR-101 e na BR-116, com 13,3% do total. No Estado, os criminosos causaram mais prejuízos às quintas-feiras (21,8%) e quartas-feiras (18,5%). Cenário bem diferente de 2023, quando as ações se concentravam às terças (22,5%). Nas tardes, as quadrilhas causaram 38,2% dos prejuízos registrados no Rio de Janeiro, contra 26,5% em 2023. Naquele ano, as campeãs de prejuízos foram as madrugadas (31%).

Os números, obtidos pelas três gerenciadoras de risco do grupo – BRK, Buonny e Opentech –, reforçam que ainda que o Rio de Janeiro apareça em segundo lugar no ranking anual, o Estado chama atenção, uma vez que o percentual de prejuízo subiu de 18,9% para 25% na comparação entre 2023 e 2024. O movimento passa a preocupar o setor, revelando uma possível tendência para 2025. Situação inédita no terceiro trimestre de 2024 foi que as incidências no Estado do Rio (45,8%) ultrapassaram São Paulo (36,6%), que era o principal polo de sinistros do país até então.

Horário de risco

A nível nacional, o roubo de cargas continua concentrado à noite e ao longo das madrugadas (57,4%), com maior número de ocorrências às segundas-feiras (40%).
No Rio de Janeiro, as tardes (38%) foram os horários mais vulneráveis para roubos, enquanto quintas-feiras (21,8%) e quartas-feiras (18,5%) foram os dias mais perigosos.

Em São Paulo, o período mais crítico foi à noite (41,5%). Segunda-feira foi o dia da semana com maior incidência (26,8%). Em 2023, o dia correspondia a menos de 15% do total, um aumento de 11 pontos percentuais.
Já em Minas Gerais, o intervalo mais sensível do dia foi a madrugada, com 51% dos sinistros. 27,4% dos prejuízos se concentraram nas quintas-feiras no Estado.

Produtos mais roubados

As operações com cargas fracionadas (mercadorias de diversos segmentos em um mesmo veículo) e produtos alimentícios foram as mais visadas pelas quadrilhas de roubo de cargas em 2024. Juntos, estes tipos de carga representaram 72,5% dos prejuízos, percentual superior ao de 2023, quando somaram 66,7% do total sinistrado. Os eletrônicos ficaram com a terceira posição do ranking que, em 2023, era ocupada pelos cigarros (hoje, representam apenas 2,5% do prejuízo total).

Seguindo a tendência dos anos anteriores, as cargas fracionadas sofreram ataques principalmente nas regiões urbanas. Nesses trechos, o valor sinistrado correspondeu a 33,1% do total. O estado mais crítico foi São Paulo, onde a ação dos criminosos concentrou 51,5% dos prejuízos.
As áreas urbanas se mantiveram como os locais com maior concentração de abordagens das quadrilhas de roubo de cargas, representando 34,1% dos prejuízos.

Durante 2024, se consideradas apenas áreas urbanas, os maiores prejuízos foram nas rotas RJ X RJ (29,9%) e SP X SP (26,6%).
Entre as rodovias, a BR-116 dobrou sua participação no percentual de prejuízo, passando de 6,1% em 2023 para 12% em 2024. O trecho mais vulnerável foi o SC x SP, com 14,8% dos prejuízos nessa rodovia. A participação da BR-101 também aumentou de 5,6% em 2023 para 7% em 2024. Nessa rodovia, o trecho RJ X RJ somou 32,9% dos prejuízos.
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