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Após o sucesso da última edição, a regata D’Elas, voltada exclusivamente para o público feminino, retorna a Niterói, na véspera do Dia das Mães, no próximo sábado (13), com largada às 13h, no clube Sailing, na Estrada Fróes, em Icaraí. O evento é uma celebração, também, de um marco da cidade: quando, em 1921, foi organizado a primeira regata exclusivamente feminina, no clube Sailing ou Rio Yacht Club.
Na época, as velejadoras não tinham a dimensão da relevância desse dia para a história da vela. O que elas sabiam é que as mulheres ainda não tinham muita representatividade e, muito menos, oportunidade de participar de um esporte, até então, protagonizado por homens.
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A ideia de fazer próximo ao Dia das Mães foi pela oportunidade de data. A velejadora e ambientalista Andrea Grael, mãe da bicampeã olímpica, Martine Grael, conta que a regata tem gerado movimento interessante de muitas mães velejando. Às vezes a adesão repecurte em algumas surpresas, como nesta edição, em que terá uma bisavó velejando.
– A novidade dessa vez é de agregar um movimento junto às velejadoras do amor pelo mar. Quem conhece e ama, cuida. Vamos fazer uma roda de conversa na véspera sobre a relação da mulher com o oceano – antecipa.
O percurso
A regata D’Elas percorrerá a orla de Niterói voltada para a Baía de Guanabara. A largada será em frente ao Rio Yacht Club, o Sailing, passando pela Estrada Froes, Praia de Icaraí, Ingá, e a próxima marca deve ser colocada entre o terminal da Marinha, DHN ou próximo a Ilha de Boa Viagem. Depois, segue para Jurujuba, Charitas e São Francisco, com a chegada no mesmo local da largada, em frente ao clube Sailing. A previsão é que a regata dure em torno de 1h30/2h, dependendo das condições do vento.
Vulto nacional
As inscrições ainda estão em curso, mas até o momento há velejadoras participantes de outros estados, como São Paulo, Minas, Brasília. E também de outras cidades do estado do Rio, como Angra dos Reis, Paraty e Maricá.
Além de proporcionar mais oportunidades para as mulheres em velejar e em despertar o interesse pelo esporte, a regata oferece um aprendizado e, logo, um maior aproveitamento da prática da vela do que anteriormente, sem o conhecimento e sem a prática.
O principal objetivo, segundo Andrea, é colocar o maior número possível de mulheres na água para velejar e não incentivar a competição. A ideia é que seja um divertimento, “sem perder a seriedade que um evento de regata abarca”. Podem participar mulheres com mais experiência, como também as iniciantes ou apenas curiosas.
– A regata já trouxe um movimento diferente na vela feminina. Ela visa uma grande confraternização e, de certa forma, a cumplicidade entre as velejadoras – conclui.
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