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Era outubro de 2021 quando a Enel Distribuição Rio arrumou suas malas e se mudou de Niterói, na região metropolitana, para a Zona Portuária do Rio de Janeiro. A mudança serviu, principalmente, para abrigar de forma mais moderna o novo Centro de Operação do Sistema (COS) da empresa.
O objetivo, conforme o responsável de operação e manutenção da distribuidora de energia elétrica, Thiago Morais, era reforçar o projeto de digitalização da rede, especialmente o Telecontrole.
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O programa permite que, diante de possíveis falhas na rede elétrica, causadas por fatores externos, como queda de árvores, descargas elétricas ou acidentes, as intervenções necessárias sejam feitas remotamente.
– Quando a gente tem grandes crises, como as que aconteceram em Petrópolis, a grande vantagem do Telecontrole é que conseguimos efetuar o atendimento em locais onde as equipes não conseguem chegar. Por exemplo: em Petrópolis, havia locais onde as ruas estavam destruídas. Mesmo assim, conseguimos garantir a operação da rede sem precisar chegar ao local – ilustrou.
A eficiência do Telecontrole, em conjunto com outras tecnologias aplicadas na rede, pode ser observada na duração das interrupções no fornecimento de energia elétrica aos clientes da Enel.
Se em 2016 o consumidor esperava, em média, até 52 minutos para receber um suporte, hoje ele aguarda não mais do que 4 minutos, de acordo com Morais. Desse modo, reduz o número de clientes “no escuro”.
– Antes de 2016, em média, o tempo para restabelecer o primeiro cliente era de até 52 minutos. Depois que começamos a investir no Telecontrole, ou seja, nos tornarmos independentes de serviços feitos manualmente, nós reduzimos esse tempo de 52 minutos para a casa de 4 minutos – completou.
Atualmente, a Enel Rio atende cerca de 3 milhões de pessoas em 66 municípios, incluindo Niterói e São Gonçalo, que abrange 75% da área de concessão no estado. Todavia, para manter o espaço em pleno funcionamento, mais de 100 profissionais se revezam 24 horas por dia para realizar a supervisão.
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Além disso, o grupo tem como meta encerrar o ano com aporte de 7 mil equipamentos telecomandados na rede de média tensão – hoje são 6.700. Dessa maneira, a operação centralizada da rede é possível graças à supervisão remota de todas as instalações elétricas da empresa, incluindo subestações, linhas de transmissão e circuitos de média tensão.
– A gente tem investido bastante na tecnologia, em especial na rede e na parte do telecontrole. Uma vez que nós levamos energia aos nossos clientes, buscamos garantir, por meio da tecnologia na rede, a qualidade e a continuidade dessa energia fornecida – acrescentou Thiago.
Outra aposta da distribuidora é a tecnologia FRG (Função de Detectores de Falhas, em tradução livre), usada para automação de manobras na rede. De acordo com Thiago, esse serviço “permite a realização de manobras automáticas para isolar falhas na rede, mantendo apenas o trecho danificado isolado para atuação das equipes de campo”.
A empresa iniciou, em agosto deste ano, o uso do Sistema de Recomposição Automática Self Healing, que é integrado ao FRG. Esta tecnologia, aliás, é capaz de realizar todas as manobras de recomposição da rede após falha sem intervenção do operador, ou seja, totalmente de forma automática.
Outro recurso é o despacho automático de incidências para equipes de campo. Este mecanismo agiliza no envio e atribuição de equipes para realização dos reparos na rede originada das reclamações de falta de fornecimento.
– No momento em que o cliente fica sem energia na casa dele, ele liga para a distribuidora, e essa informação é encaminhada automaticamente para um sistema que distribui as incidências para as equipes de campo mais próximas efetuar os reparos – concluiu.
O COS da Enel Rio é equipado com tecnologias de ponta, com acompanhamento online de indicadores de qualidade (DEC/FEC), valores estimados de compensação, tempo médio de atendimento, incidências ativas, recursos disponíveis e níveis de carregamento do sistema.
O centro operacional também conta com sistema de previsão climática, que auxilia a tomada de decisão frente a previsão climática adversa, bem como possibilita definir, preventivamente, a mobilização de recursos extraordinários para enfrentamento de uma possível situação de emergência.
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