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Familiares e amigos de Hyago Macedo, de 21 anos, realizaram um ato de protesto em frente à estação Arariboia das Barcas, no Centro de Niterói, na tarde desta terça-feira (15). Foi lá que, na véspera, o jovem foi baleado e morto por um policial militar à paisana. O protesto foi acompanhado por integrantes de movimentos sociais e parlamentares.
“Tiraram mais uma vida”, “Mais uma filha sem pai”, “Vidas negras importam” eram frases foram escritas em faixas e cartazes levadas pelos manifestantes.
Thaís Oliveira dos Santos, viúva de Hyago, participou da manifestação.
– Eu só peço que olhem pelas pessoas que mais precisam. Parem de nos matar. Esses casos não podem se tornar um costume, uma constante. Todos os dias nós vemos vidas diferentes sendo perdidas, todos os dias na televisão passa um caso diferente. E eu gostaria de pedir isso aos governantes – declarou a viúva durante o protesto.
O vídeo com o discurso da viúva foi publicado na página da vereadora Walkíria de Nictheroy (PCdoB), que também participou do ato. O Prefeito Axel Grael também lamentara a morte do vendedor, destacando o fato de ser mais um jovem negro assassinado.
Hyago Macedo era vendedor de balas e teria abordado um homem junto à bilheteria na estação da praça Arariboia, em frente às barcas. Segundo a CCR e as investigações da polícia, houve uma discussão e o policial militar Carlos Arnaud Baldez Silva Júnior, que estava à paisana, disparou um tiro à queima-roupa contra o rapaz.
O PM acusado do crime está preso e foi indiciado por homicídio doloso, quando há a intenção de matar.
Leia mais: PM acusado de matar vendedor de balas no Centro de Niterói é indiciado por homicídio doloso
O enterro de Hyago aconteceu nesta terça-feira (15), às 14hs, no Cemitério do Maruí, no Barreto, também em clima de comoção e protesto.
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