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Prefeitura de Niterói atende cerca de 260 pessoas em situação de rua por dia

Por Redação
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Plantões telefônicos foram criados para atender solicitações dos moradores – seja de ajuda para emergências ou reclamação de desordem urbana
zeladoria urbana icaraí
Ação da zeladoria urbana na quarta-feira (8), em Icaraí. Foto: reprodução

Um total de 38 mil atendimentos, 109 recâmbios e criação de dois plantões telefônicos para atender, diuturnamente, solicitações. Esse foi um balanço feito pela subsecretária municipal de Assistência Social e Economia Solidária, Dani Murtha, da atuação da Prefeitura de Niterói relacionada à população em situação de rua, na cidade. O número de atendimentos, que engloba todas as abordagens feitas, resulta numa média de 260 atendimentos por dia.

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Essa atuação se refere ao primeiro semestre de 2023 e o balanço foi feito durante reunião do Conselho Comunitário de Segurança de Niterói, na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), no Centro, na quarta-feira (8).

 

Segundo a subsecretária, os telefones estão disponíveis para receber qualquer tipo de solicitação, seja de ajuda para quem estiver passando mal na rua até reclamação relacionada com desordem urbana.

– Quando recebemos um chamado, nossa equipe de abordagem se desloca para o local, em veículo identificado. Essa ação se soma à busca ativa que fazemos, de forma recorrente – informou.

Para acionar o plantão diurno, o número é 971979366; o plantão noturno é por intermédio do número 972873643.

Volta para casa

Identificar a cidade natal dos moradores em situação de rua em Niterói e tentar leva-los de volta para casa é uma das ações da Prefeitura, batizado “Recâmbio”.

– Não se trata só de comprar uma passagem para quem sinaliza que quer voltar para casa. Não somos agência de viagem. Nossa equipe busca um contato com a família da pessoa que quer voltar e se certifica que essa pessoa será, de fato, recebida de volta – explicou a subsecretária.

Zeladoria urbana

Ação de zeladoria urbana realizada no Fonseca.

No último dia 19 de outubro, a Prefeitura de Niterói  instituiu,  por intermédio do Decreto Nº 15.101/2023, as diretrizes e protocolo de atuação do serviço especializado de abordagem social à população em situação de rua no município.

Desde então, equipes da prefeitura têm realizado ações que estão sendo chamadas de “zeladoria urbana” e intensificaram as ações de abordagem social especializada nos bairros de maior demanda, como Centro, Icaraí e São Francisco.

Poucos aceitam ir para um dos cinco abrigos municipais – quatro ficam no Centro e um no Fonseca.  Atualmente, eles se encontram com 70% de ocupação nas mais de 350 vagas de acolhimento na cidade. Quando é o caso, os pertences são recolhidos e encaminhados para um depósito.

De acordo com a subsecretária, para a equipe de abordagem especializada, é considerada uma grande vitória quando um morador em situação de rua aceita, pelo menos, se abrigar na hospedaria – local que abre às 19h, serve janta, permite o pernoite, serve café da manhã e fecha as portas após a saída de quem passou a noite por lá. A hospedaria funciona desde o inverno de 2022.

– Muitas vezes, esse é o primeiro contato que um morador em situação de rua tem com a rede de acolhimento. Tentamos fazer com que ele crie um vínculo de confiança para, pelo menos, retornar – afirmou a subsecretária.

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Outra porta de entrada para o acolhimento, em Niterói, é o Centro Pop, onde, além de poder fazer refeição, tomar banho e usar a lavanderia, a pessoa que vai até lá tem acesso à internet, usada muitas vezes, para tentar fazer contato com familiares.

Ao todo, a Prefeitura de Niterói possui uma rede de atendimento que conta, além do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop, na Rua Coronel Gomes Machado, 259, no Centro), dez Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), dois Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e cinco unidades de acolhimento (abrigos).

Além dos dormitórios, os abrigos da cidade oferecem, segundo a prefeitura, quatro refeições diárias (café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar), acompanhamento psicossocial e encaminhamento para rede de serviços.

– É fundamental que a pessoa aceite ir para um dos equipamentos oferecidos pelo governo municipal – informou a subsecretária.

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