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Depois de diminuir e envelhecer, Niterói vai fazer seu próprio “censo”

Por redação
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Prefeitura anuncia contratação de pesquisa domiciliar, a Niterói que Somos, para orientar políticas públicas
Censo 13
Pesquisa quer saber como vive a população da cidade e demandas dos moradores. Foto: Arquivo

Depois do Censo do IBGE, realizado em 2022, e que mostrou que a população de Niterói diminuiu e envelheceu, a Prefeitura anunciou que vai fazer sua própria pesquisa domiciliar, para apurar informações complementares para orientar políticas públicas. A ideia é estabelecer a Niterói que Somos, um banco de dados sobre a cidade e renovar a pesquisa a cada quatro anos. A primeira pesquisa está prevista para ir a campo já no ano que vem.

Nesta terça-feira (7), a Prefeitura anunciou a criação de um Conselho Consultivo para definir e acompanhar as etapas de elaboração da pesquisa, numa reunião que juntou especialistas em pesquisa e gestão pública de diversas partes do país. O trabalho será coordenado pela Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão (Seplag), pretende colher informações adicionais que vão direcionar as políticas públicas no município. A primeira pesquisa está prevista para ir a campo em 2024.

A reunião do Prefeito Axel Grael com secretários e especialistas para a pesquisa Niterói que Somos. Foto: Prefeitura/Lucas Benevides

A Niterói que Somos

Niterói Que Somos é uma pesquisa por amostra de domicílios dentro do município de Niterói e vai ouvir 8% da população niteroiense, o que equivale a cerca de 15 mil domicílios. A consulta será realizada a cada quatro anos com o objetivo de oferecer insumos técnicos para o planejamento e tomada de decisões governamentais regionalizadas; subsidiar a formulação de políticas públicas, avaliar e monitorar ações de governo; além de possibilitar o acompanhamento e desenvolvimento de indicadores.

O prefeito de Niterói, Axel Grael, destacou que a pesquisa vai aprimorar a capacidade de avaliar e medir os resultados das ações na cidade:

– Niterói busca aperfeiçoar as suas políticas públicas. A gente vai ganhar um conjunto de métricas e ter uma metodologia que nos atualize com dados da cidade com o objetivo de que a gestão seja eficiente no uso dos recursos, assertiva em atender às demandas da população e eficiente na forma de executar as políticas. Então, uma base de dados bem dimensionada e bem elaborada vai nos ajudar muito -, explicou Axel Grael.

Para a secretária de Planejamento, Ellen Couto, a pesquisa Niterói Que Somos “é uma maneira de conhecer a cidade e a população de Niterói e ir muito mais a fundo nos dados, entendendo a percepção da cidade e os desejos dos moradores.”

– Temos um planejamento de 20 anos e para que possamos ter políticas cada vez mais eficientes, precisamos conhecer mais a nossa população -, explicou.

O Conselho Consultivo será formado por grandes especialistas do Brasil. “São pessoas que nos ajudaram a construir o que seria o nosso sistema municipal de avaliação e gestão da informação e agora nos ajudam a pensar a elaboração e a implementação dessa iniciativa para que a gente possa, de fato, ter cada vez mais os resultados dessa pesquisa direcionados àquilo que nós precisamos”.

Avaliação e gestão

De acordo com a Prefeitura, a pesquisa é um dos instrumentos do Sistema de Avaliação e Gestão da Informação de Políticas Públicas de Niterói,  que é uma inovação no âmbito da gestão pública municipal e envolve todos os órgãos da Prefeitura, assim como entidades parceiras e organizações sociais, na avaliação e gestão da informação de políticas públicas. Essas iniciativas marcam um passo significativo na melhoria da eficiência da administração pública municipal, com a obtenção de dados detalhados e informações precisas para embasar as decisões e políticas para o desenvolvimento de Niterói.

O Conselho Consultivo da Niterói Que Somos será composto por representantes de órgãos e entidades da administração direta e indireta e convidados com notório saber em pesquisas de larga escala. O Conselho tem como atribuições apreciar e propor demandas de interesse governamental para inclusão no questionário da pesquisa; acompanhar o planejamento e a execução da consulta; e prestar o apoio à divulgação dos resultados no âmbito dos órgãos e entidades.

Foram anunciados alguns dos nomes dos conselheiros: o reitor da UFF, Antônio Cláudio da Nóbrega;  Bernadete Cunha; Clarissa Schlabitz; Monica Viegas; Fábio Waltenberg; Henrique Paim; Paulo Januzzi; Rômulo Paes; Cimar Azeredo; Betina Barbosa (PNUD); Vilma Pinto; Júnia Quiroga (UNFPA). Órgãos da Prefeitura também farão parte do Conselho, com representantes das secretarias de Fazenda; Urbanismo e Mobilidade; além do Escritório de Gestão e Projetos (EGP); e o Sistema de Gestão da Geoinformação (SIGEO). A prefeitura não informou como funcionará o Conselho, nem o modelo de remuneração.

Projeto de desenvolvimento

Um dos especialistas convidados, o professor e coordenador-geral da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE/IBGE), Paulo Jannuzzi,  falou sobre a importância de um projeto de desenvolvimento para a cidade.

– Gostaria de fazer um registro da importância de termos administrações que acreditam no papel do poder público e acreditam efetivamente em políticas públicas. Tivemos tantas turbulências nesse Brasil e vocês persistiram acreditando na importância das políticas públicas. A União, o Estado e os municípios têm um papel absolutamente fundamental da promoção do bem-estar e da felicidade das pessoas. Essas evidências estão por detrás de projetos como o Niterói Que Queremos, de promoção da coesão social da sociedade niteroiense. Também quero evidenciar o esforço no planejamento estratégico com a apropriação dos registros administrativos para constatar o que Niterói precisa para continuar com o seu projeto de desenvolvimento -, concluiu Paulo Januzzi.

 

 

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