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Ao longo de 2022, 16.879 moradores de Niterói ficaram no escuro por causa de pipas – ou cafifas – que atingiram a rede elétrica da área de concessão da distribuidora Enel. Significa que 46 clientes foram afetados por dia. Entre janeiro e dezembro do ano passado, foram registrados 105 incidentes do tipo.
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Diante do número elevado, Niterói foi a terceira cidade com o maior número de pessoas impactadas pela brincadeira, ocupando a terceira colocação, dentre os 66 municípios contemplados pela empresa. Apenas São Gonçalo (49.119) e Magé (28.232) tiveram índices piores. Ao todo, 245 mil clientes ficaram sem energia.
Em 2021, Niterói somou 42.501 clientes afetados pelas pipas, o que representa uma queda de 151% de um ano para o outro. No mesmo recorte, foram registradas 164 incidências, número 56% superior ao que foi documentado em 2022.
Regionalmente, entretanto, Niterói fica uma posição mais abaixo no ranking. Isso porque a forma em que a Enel computa os dados geograficamente não segue a lógica padrão. Por exemplo: a distribuidora considerou a Região dos Lagos, como um todo, na primeira colocação, com 87.967 clientes afetados.
Não há um levantamento detalhado em cima dos oito municípios atendidos pela empresa na região: Araruama, Arraial do Cabo, Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande, Rio das Ostras, São Pedro D’Aldeia e Saquarema
Na Região Sul Fluminense, 32.736 pessoas ficaram sem energia em determinados momentos por conta de pipas. Ao mesmo tempo, 10.736 clientes foram afetados na Região Serrana. Já na Região de Campos, foram 7.900 clientes consumidores sem luz.
A Enel informou que “a interrupção do fornecimento de energia causada por pipas pode ocorrer por diversas razões”. Acrescentou que, “além do risco de rompimento dos cabos, as linhas que ficam enroscadas na rede elétrica provocam desgaste na fiação, podendo ocasionar curtos-circuitos e risco de choque elétrico”.
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