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Bacias de sedimentação, jardins filtrantes, infraestrutura cicloviária, urbanização e muito mais. Iniciado no segundo semestre de 2020, com um orçamento que gira em torno dos R$ 100 milhões, o projeto do Parque Orla Piratininga, em Niterói, vai ganhando forma pouco a pouco.
O projeto inclui a caracterização e ações de recuperação dos ecossistemas, paisagismo, iluminação pública, requalificação de vias e acessos existentes, a implantação de equipamentos esportivos e até a construção de um ecomuseu.
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Neste contexto, a Prefeitura promete entregar, até o fim de 2023, 35.290 m² de jardins filtrantes, quatro píeres de contemplação e seis de pesca, três mirantes, 17 áreas de lazer, um Ecomuseu com 2.800 m² e 8,3 quilômetros de vias de tráfego misto.
O A Seguir: Niterói percorreu o trajeto de aproximadamente 10 quilômetros que contempla a orla da lagoa, nesta quinta-feira (22), e conferiu o andamento das reformas. O primeiro trecho, aliás, tem data de entrega prevista para a próxima terça-feira (27). As imagens, contudo, indicam um possível atraso.
O percurso foi iniciado no Rio Cafubá. Neste trecho, estão sendo implementados jardins filtrantes, vertedouros, bacias de sedimentação e revegetação de áreas degradadas, além de mirantes e cinco píeres.
Algumas partes dos jardins filtrantes, aliás, já receberam britas. Um viveiro de mudas de plantas do tipo macrófitas também já está no canteiro para ir para os reservatórios. A empresa iniciou as atividades executando a limpeza e escavação do terreno. Um sistema para a despoluição da lagoa.
Na imagem abaixo, onde aparece a escavadeira, está sendo instalada uma área de pouso de parapentes e asa-deltas. A ciclovia, neste ponto em particular, ainda não foi construída. A previsão de entrega é dia 27 de setembro.
De acordo com a prefeitura, as soluções adotadas no POP têm como objetivo tratar as águas das drenagens urbanas e rios antes que cheguem à Lagoa de Piratininga, evitando o aporte de nutrientes, outros poluentes e sedimentos.
Em relação à área de lazer, também foi construído um campo de futebol com grama sintética. Apesar de ainda não ter sido finalizada, o espaço para a prática esportiva já conta com pichações no muro.
A Rua Estrela, em Piratininga, deverá receber, segundo o planejamento, um deck de contemplação para visitantes apreciarem a vista para a lagoa. No entanto, o projeto ainda não ganhou forma.
Por outro lado, o espaço já está mais urbanizado. Se antes a rua era de terra e sem qualquer tipo de iluminação, atualmente conta com piso intertravado em toda sua extensão, além de calçada com acesso para pedestres e ciclistas, uma drenagem pluvial e iluminação pública.
As intervenções das obras foram limitadas até o ponto onde está localizada a placa do Parnit, onde deverá ser implantada uma barreira para veículos, porque a continuação da rua deverá ser mantida sem pavimentação, permanecendo assim como Trilha Mirante da Lagoa.
Este trecho, se observado à primeira vista, parece mais “abandonado”, mas tem sua utilidade provisória. Localizado no interior da Barreira, como é conhecida a comunidade, o espaço é utilizado como “Bota Fora” de resíduos volumosos, ou seja, é onde são despejados os dejetos da obra.
O planejamento para o local inclui uma praça, com píer para pesca (veja na foto abaixo), além de áreas de lazer e esporte. A prefeitura tem pedido aos moradores que não descartem mais seus móveis, eletrodomésticos e eletrônicos sem serventia na orla da lagoa.
O intuito é liberar o plantio das árvores e arbustos previstos no projeto do Parque Orla.
Ainda que as estruturas tenham sido levantadas, o ecomuseu está longe de ser concluído – a previsão de entrega é para o segundo semestre de 2023. O centro ecológico fica localizado à beira da lagoa de Piratininga. Acima de tudo, seu objetivo é tornar a lagoa como protagonista do espaço.
O projeto foi pensado para, além de seu caráter expositivo que exaltará a cultura local, atuar como um ponto educativo para a população. Como partido sustentável, previu uma grande cobertura que provê o sombreamento necessário dos ambientes e cuja estrutura é de madeira de reflorestamento.
O local será sustentado, ainda, por pilares de concreto reciclado proveniente das demolições necessárias no lote. Possuirá, sobretudo, sistema de reutilização de água da chuva e a instalação de painéis fotovoltaicos para a captação de energia solar também fazem parte do projeto.
A ilha do Tibau vai receber um centro poliesportivo, que inclui uma quadra de piso concreto, um campo de futebol com grama sintética, além de um vestiário. Ao fundo, na parte sul da ilha, será instalado um mirante para observar a lagoa.
O projeto também abrange uma ponte de acesso, que será instalada no lugar da antiga, e um caminho pavimentado dentro da própria ilha.
Por enquanto, não há ponte, a não ser uma que foi construída com caráter provisório para os pedreiros atravessarem. O mirante planejado não passa de um esboço, enquanto vestiário, quadra e campo, ao menos, já saíram do papel.
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