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A instalação “Disponível“, de Leandra Espírito Santo, aterriza no pátio do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC). Repleta de subjetividade e respaldada na crítica às questões urbanas e à especulação imobiliária, a obra foi inaugurada no último sábado, 2 de setembro, e chega no mês da comemoração de 27 anos do MAC.
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Inspirada nos letreiros presentes em diversos pontos turísticos e em grandes empreendimentos imobiliários, a escultura possui de 10 metros de largura com a palavra “Disponível” diante do icônico edifício de Oscar Niemeyer. O texto crítico é assinado por Icaro Ferraz Vidal Jr.
A obra explora as ambiguidades que resultam do deslocamento da palavra “Disponível” por diferentes contextos paisagísticos e arquitetônicos. Por um lado, a instalação evoca toda uma problemática relacionada às questões urbanas e à especulação imobiliária. Além disso, também literaliza a disponibilidade da instituição que acolhe o trabalho em relação à artista e ao seu público.
O MAC-Niterói é a segunda instituição a expor a obra de Leandra Espírito Santo – que, inicialmente, foi premiada no âmbito do PROAC LAB SP. A primeira instituição a acolher o projeto foi a Unidade de Cultura do município de Jundiaí, São Paulo.
Nascida em Volta Redonda, no Rio, Leandra vive e trabalha em São Paulo. A artista visual desenvolve trabalhos híbridos e explora diversas plataformas, como performance, vídeo, fotografia e linguagens tridimensionais. Em sua trajetória vem refletindo sobre a relação entre corpo e tecnologias, assim como sobre o universo das relações em redes sociais.
É doutora e mestra em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA/ USP, SP), e graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF/ Niterói, RJ).
Em 2023, produziu obra inédita para o espetáculo imersivo “Autorretrato”, dirigido por Felipe Hirsch, e integrou pelo segundo ano a comissão de seleção e curadoria do Parque de Esculturas da Secult Espírito Santo.
Iniciou sua carreira em 2010, tendo sido finalista no Prêmio EDP nas Artes – Instituto Tomie Ohtake, e, desde então, vem participando de exposições e prêmios no Brasil, e em países como , França, Inglaterra, México e Portugal.
Em 2021, realizou a intervenção urbana “Disponível” – projeto contemplado pelo Prêmio Histórico em Artes Visuais do PROAC LAB SP. Em 2022, participou da Bienal do Mercosul com a obra multimídia “Re-member” – comissionada a partir da primeira chamada aberta da mostra.
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