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Depois de 52 anos, a estátua de Arariboia mudou de endereço, mas manteve seu CEP no Centro. O monumento continua de costas para a cidade, para que o líder do povo Temiminó, um dos símbolos de Niterói, continue de olho na Baía de Guanabara, para melhor protege-la – como reza a lenda.
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Para que a estátua tomasse posse do seu antigo território, acabou por desalojar outra, que reinava no local desde 1914. Na verdade, não era uma estátua, mas um busto que retratava o indígena de uma forma cristianizada.- Arariboia, de fato, converteu-se ao cristianismo e adotou o nome de Martim Afonso de Sousa. Mas essa é outra História.
Como contou Leon Continentino, em seu perfil do instagram, o busto de “Ararigboia”, no alto de um pedestal, foi colocado na praça após um movimento popular chamado “Comissão Glorificadora a Arariboia. Surgido em 1913, o movimento teve como líder uma pessoa que se identificava como Araribóia Cardoso e se dizia descendente do chefe do povo Temimomó.
No local já existia uma estação hidroviária e o busto testemunhou vários protestos dos niteroienses contra o serviço. Mas essa também é outra História.
Quando a estátua de corpo inteiro chegou na praça, o busto foi realocado para a Praça Gal Rondon, de frente para a Igreja de São Lourenço dos Índios. Localizada no bairro homônimo, a igreja é considerada o marco da fundação do primeiro aldeamento jesuítico da capitania do Rio de Janeiro, a partir do qual, Niterói foi sendo criada. O aldeamento foi uma sesmaria concedida e registrada no nome de Martim Afonso de Sousa.
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