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Nessas eleições, pelo menos oito candidatos no Rio de Janeiro podem ter ligações com organizações criminosas do Estado, segundo investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público estadual (MP-RJ). Uma lista de candidatos a deputado estadual e federal que estariam envolvidos com narcotráfico, milícias ou jogo do bicho foi divulgada pelo jornal O Globo com base nas investigações da PF e do MP.
De acordo com a reportagem, os investigadores acreditam que esses candidatos podem levar vantagem nas eleições por terem livre acesso a áreas dominadas por milícias e narcotraficantes onde outras candidaturas são impedidas de entrar. Por isso é importante o eleitor ficar bem atento e procurar informações sobre os candidatos antes das eleições deste domingo, 2 de outubro.
Os candidatos a deputado estadual sob investigação, segundo a reportagem, são: os empresários Tiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias (MDB), e Cristiano Santos Hermógenes (PL); e o ex-PM Sérgio Roberto Egger de Moura, o Egger (DC).
Dentre os que disputam uma vaga na Câmara, em Brasília, e estão sob investigação, de acordo com a reportagem, são: a advogada Flávia Pinheiro Fróes (União Brasil); o PM Sérgio Porto (PROS), o coronel Porto; Ricardo Abrão (União Brasil); e o ex-secretário de Polícia Civil Allan Turnowski (PL).
O oitavo nome da lista, Vandro Lopes Gonçalves (Solidariedade), o Vandro Família, que tenta uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), já teve a candidatura impugnada, mas recorreu da sentença. Dessa forma, até o momento, é o único que não está apto a ser votado, no próximo domingo.
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Tiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, responde, na Justiça, por tráfico, formação de quadrilha,organização criminosa, comércio ilegal de arma de fogo, receptação de veículo roubado, corrupção ativa e lavagem de dinheiro com o uso de empresas do ramo de joias.
Cristiano Santos Hermógenes, ex-vereador em Belford Roxo (Baixada Fluminense), é irmão de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, um dos líderes de facção do narcotráfico.
Roberto Egger de Moura, ex-sargento da PM, foi preso quando era vereador em Araruama, em 2009, acusado de comandar uma milícia na Região dos Lagos.
Flávia Pinheiro Fróes é suspeita de ligação com traficantes como Marcinho VP e Fernandinho Beira-Mar. Ela se auto intitula “advogada do tráfico”.
Sérgio Porto é ex- comandante do 15º BPM (Duque de Caxias) e do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv). Sua pré-candidatura contou com o apoio do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, um dos responsáveis pela milícia Liga da Justiça. Dias depois de declarar seu apoio, Jerominho foi assassinado.
Ricardo Abrão, ex-deputado estadual, é filho de Farid Abraão David e sobrinho de Anísio. Essa família é conhecida pelo envolvimento com o jogo do bicho e, desde os anos 1970, tem influência na política em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Sua candidatura foi lançada com a presença no governador Cláudio Castro.
Allan Turnowski é ex-secretário de Polícia Civil do governador Claudio Castro. Está preso desde o dia 9 e se tornou réu em processo de organização criminosa que tramita na 1º Vara Criminal Especializada da Capital. É apontado como braço de chefões do jogo do bicho dentro da estrutura da Polícia Civil.
Vandro Lopes Gonçalves é militar reformado e ex-deputado estadual (cassado). Foi vereador, vice-prefeito e secretário de obras em Magé (RJ). Foi preso em abril de 2012, quando era sargento da PM, acusado de chefiar grupo miliciano em Magé.
Procurados pelo O Globo, todos os investigados negaram ligação com o crime organizado.
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