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Niterói volta para alerta vermelho para Dengue

Por Sônia Apolinário
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No estado, número de casos da doença caiu 40%. Secretaria de Saúde alerta para aumento de Bronquiolite, que acomete crianças menores
mosquito dengue aedes
No Rio de Janeiro, duas regiões ainda estão em situação crítica para a doença. Foto: arquivo A Seguir Niterói

Em dez dias, Niterói saiu do alerta verde para vermelho para Dengue. O atual estágio do município para a doença é informado pela plataforma Infodengue (Fundação Oswaldo Cruz, RJ, e Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas). Significa que a cidade passou direto de “sem risco” para o de maior gravidade.

Apesar do alerta vermelho, o número de casos diminuiu nas duas últimas semanas. Na anterior, foram 136 contra 101 casos estimados, no momento.

De acordo com a plataforma, esse ano, até essa semana, 2247 casos de Dengue foram registrados, em Niterói. No ano passado, até essa semana, 86 tinham sido registrados.

A plataforma indica que a chance de alerta laranja ou vermelho de Dengue para Niterói na próxima semana é de 17,8%.

Leia mais: Influenza A supera Covid em causa de óbito de crianças pequenas

O que diz a Prefeitura

Sobre o atual quadro da Dengue em Niterói, a Secretaria de Saúde de Niterói informou que o painel da Fundação Oswaldo Cruz e da Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas utilizam uma estimativa matemática para essa classificação (dos alertas).

“O painel de monitoramento dos casos de dengue, utilizado pelos órgãos de saúde, é atualizado por uma metodologia diferente, usando como base os casos reportados da doença.”, afirmou a secretaria para o A Seguir, por nota.

Ainda pela nota, explicou que, de acordo com o Painel da Secretaria de Estado de Saúde, Niterói está classificado como município classe 2, ou seja, incidência entre 100 a 300 casos por 100 mil habitantes. O alerta vermelho, como citado, é referente a classe 4, ou seja, de 500 a 1000 casos de dengue por 100 mil habitantes.

“Niterói segue como um dos municípios com mais baixa incidência de casos no estado e no período de 01 de janeiro a 17 de abril, Niterói apresentou 1230 casos prováveis de dengue em residentes. A taxa de incidência é de 255,3 casos por 100 mil habitantes”. segue a explicação pela nota.

De acordo com a secretaria municipal de Saúde, diante de uma epidemia de dengue no Estado do Rio de Janeiro e a grande circulação de pessoas entre os municípios “é esperado que haja um aumento de casos da doença em Niterói”:

“A Dengue é uma doença causada pelo DENV (vírus da Dengue) transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, e o aumento de casos da arbovirose está relacionado a diversos fatores, como: calor excessivo, chuvas intensas, pessoas suscetíveis aos novos sorotipos do vírus, entre outros. Assim que observado o aumento do número de casos da doença no Estado, a Prefeitura intensificou suas ações de prevenção e combate à dengue, elaborou um Plano de Contingência e está alerta às notificações e investigações de novos casos. A Prefeitura também criou o Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento das Ações Integradas de Prevenção à Dengue, o que permitiu ampliar as ações contra a dengue de forma intersetorial. Dentro das estratégias do Comitê está a realização de mutirões envolvendo as secretarias de Saúde, de Conservação e Serviços Públicos, as Regionais, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói (Clin) e a Defesa Civil”, informou a secretaria.

No estado

De acordo com o Panorama da Dengue, divulgado pela secretaria estadual de Saúde (SES-RJ), o número de novos casos prováveis de Dengue caiu quase 40% no estado. Ainda assim, o Rio de Janeiro segue em decreto de epidemia.

Isso porque o boletim, divulgado na quinta-feira (26), também informa que apesar do cenário de estabilidade para a doença, no estado, duas regiões, Norte Fluminense e Serrana, ainda preocupam – estão no nível 3 (quando o número de casos prováveis está 10 vezes ou mais acima do limite máximo). Além disso, nestas regiões, houve aumento da taxa de ocupação dos leitos clínicos estaduais e a tendência de crescimento se mantém.

As outras regiões, pela segunda semana consecutiva, ficaram no nível 2 do plano de contingência da Secretaria de Estado de Saúde. Este nível indica que o número de casos prováveis está entre 5 e 10 vezes acima do limite máximo esperado para esta época do ano.

De acordo com o boletim, o número de novos casos prováveis de dengue no estado passou de 15.761 na semana 12 (de 17/03 a 23/03) para 9.508 na semana 14 (de 31/03 a 06/04).

Bronquiolite

Além da Dengue, casos de Bronquiolite também aumentaram no Rio de Janeiro. De acordo com a SES-RJ aponta que o número de solicitações por leitos para a doença subiu de 16 pedidos na semana epidemiológica 11 (de 10 de março a 16 de março) para 94 na semana 15 (de 07 de abril a 13 de abril).

O número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em crianças e adolescentes por outras causas também aumentou, passando de 228 para 366 registros nas semanas consideradas.

A bronquiolite é uma condição clínica causada pela inflamação dos bronquíolos, vias aéreas inferiores de calibre muito pequeno que levam oxigênio para os pulmões. Trata-se de uma infecção que não pode ser confundida com bronquite (que é a inflamação das vias aéreas). É mais comum em crianças menores, de até os dois anos de vida, e pode se tornar grave em pouco tempo se não tratada corretamente. Os sintomas mais comuns são:

Coriza;
Tosse Leve;
Febre persistente (mais de 3 dias);
Respiração acelerada e com dificuldade;
Fadiga.

A virose pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como o vírus sincicial respiratório (VSR), influenza, parainfluenza e adenovírus. O VSR é o principal agente infeccioso da bronquiolite mas ainda não há vacina disponível para crianças. Entretanto, a imunização contra a Influenza está disponível e impacta positivamente na contenção desses casos, que seguem aumentando nas unidades de saúde.

Vacinação

Cerca de 2,5 milhões de doses da vacina contra a gripe foram disponibilizadas aos 92 municípios fluminenses para serem aplicadas nas unidades de saúde. A Campanha de Vacinação contra a Gripe vai até o dia 31 de maio, tendo como meta atingir 90% de cobertura vacinal dos grupos prioritários, o que corresponde a 6,7 milhões de pessoas no estado do Rio. Até esta sexta-feira (19/04), foram registradas 1.141028 aplicações do imunizante, com cobertura de 16,17% dos grupos prioritários. No ano passado, o patamar ficou em 45%.

Com Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro

 

 

 

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