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Niterói vai, mais uma vez, abrir o cofre para reformar instalações que pertencem ao governo do estado em busca de melhoria da segurança do município. Agora, o beneficiado será o prédio do 4º Comando de Policiamento de Área (CPA), localizado no Centro da cidade.
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Nesta quarta-feira (19), a prefeitura informou que, em abril, será assinada (mais) uma parceria entre a Prefeitura e o estado para a realização da reforma. Concluída, o prédio passará a abrigar um museu da Polícia Militar.
Há menos de um mês, a prefeitura informou que vai ampliar a Delegacia de Homicídios, que também fica no Centro de Niterói. O objetivo é que ali passe a abrigar três delegacias especializadas: Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), Roubo e Furtos de Cargas (DRFC) e de Repressão a Entorpecentes (DRE). A DH se ocupa também de casos de São Gonçalo e Itaboraí.
O 4º CPA é responsável pelas áreas do 7º BPM (São Gonçalo), 12º BPM (Niterói), 25º BPM (Cabo Frio) e 35º BPM (Itaboraí).
– Esta parceria com a Prefeitura é fundamental para que possamos melhorar nossas instalações e oferecer mais estrutura para o trabalho da nossa corporação. O 4º CPA é uma unidade estratégica e sua reforma será essencial para fortalecer o policiamento na cidade, principalmente nas áreas mais vulneráveis – afirmou o comandante do 4º CPA, coronel Silvyo Guerra.
O 4º CPA faz parte da história de Niterói, que remonta da época em que a cidade era a capital do Rio de Janeiro.
Com a criação do Município Neutro (na então sede da Monarquia, atual cidade do Rio de Janeiro), em 1834, foi criada, em 14 de abril do ano seguinte, na Província (todo o restante do Rio de Janeiro fora o Município Neutro), uma nova força policial denominada Guarda Policial da Província do Rio de Janeiro, com sede em Niterói, então, capital fluminense. A nova força se encarregaria da segurança do interior e da baixada, do que hoje é o atual estado do Rio de Janeiro.
Essa Guarda recebeu a alcunha de “Treme-Terra” e teve como primeiro comandante o capitão niteroiense João Nepomuceno Castrioto (1801-1874). Ao ser indicado para o cargo, ele era o ajudante de ordens de Luís Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias.
Por várias vezes, a Guarda da Província e da Corte (Município Neutro) aturam juntas.
Em 1960, a capital do país foi transferida para Brasília e o antigo Distrito Federal, onde se situava a cidade do Rio de Janeiro, se tornou o estado da Guanabara. A força policial que, naquele momento, era denominada Polícia Militar do Distrito Federal, passou a ser chamada Polícia Militar do Estado da Guanabara (PMEG).
No restante do estado, a corporação se chamava Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Em 1975, com a fusão dos estados da Guanabara e Rio de Janeiro, as duas corporações policiais-militares também se fundiram, criando a atual corporação da PM, com sede no centro do Rio.
O museu que será criado após a reforma do prédio do 4º CPA pela prefeitura de Niterói é para resgatar a memória da então guarda “Treme-Terra”. O prédio do Quarto Comando de Policiamento de Área foi a sede da Guarda da Província. Fica na Avenida Feliciano Sodré, via importante dentro dos planos da prefeitura de revitalização do Centro da cidade.
Atualmente, o município investe mais de R$ 1,5 milhão no pagamento de policiais civis na folga para reforçar as ações de combate ao crime. Com isso, hoje, as delegacias da cidade contam com mais dez policiais civis extras por dia.
Em fevereiro passado, a prefeitura entregou 20 novas viaturas (10 carros e 10 motos) para serem utilizadas pelos policiais da Polícia Militar que fazem parte do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis) e do Segurança Presente, também de responsabilidade do governo estadual.
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