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Niterói aparece no ranking das cidades inteligentes, o “Connected Smart Cities e Mobility 2022”. Apesar de quedas consideráveis em alguns indicadores, como saúde, educação e economia, por exemplo, Niterói subiu uma posição na lista e, atualmente, é considerada a 8ª cidade mais inteligente do Brasil.
O município ocupa a primeira colocação no estado do Rio e a quinta entre todas as cidades da região Sudeste. Segundo o Prefeito Axel Grael, do PDT, Niterói “vem avançando muito na transformação digital”.
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– Desde 2013, Niterói vem avançando muito na transformação digital do município, investindo em boas práticas para tornar a nossa cidade cada vez mais inteligente. E esse é um ranking interessante porque avalia de maneira ampla, com números grandes de indicadores – postou em sua rede social..
O estudo avalia nove indicadores. Niterói figura na segunda colocação no eixo governança, atrás de Balneário Camboriú (SC). Além disso, se destaca em urbanismo (5º) e segurança (6º).
Em contrapartida, se encontra fora dos 100 primeiros colocados em empreendedorismo. Em saúde e economia está fora do top 20. Veja abaixo a colocação de Niterói em cada índice.
Elaborado pela Urban Systems, em parceria com a Necta, o estudo foi apresentado nesta quinta-feira (6), em São Paulo, durante a Cerimônia de Abertura do evento para autoridades, empresários e especialistas nacionais e internacionais.
O ranking mapeia todos os 680 municípios com mais de 50 mil habitantes e visa definir as cidades com maior potencial de desenvolvimento do Brasil. Ao mesmo tempo, o resultado é apresentado em quatro frentes: posição geral, por eixo temático, por região e por faixa populacional.
– A Plataforma Connected Smart Cities desempenha há oito anos um papel fundamental junto às empresas, entidades e governos na busca pela inovação. Assumimos como propósito colaborar no processo de tornar as cidades brasileiras mais inteligentes e conectadas – comentou a CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities e Mobility, Paula Faria.
Governança:
A cidade perdeu a liderança no eixo governança para Balneário Camboriú. Neste indicador, chamam atenção as notas no índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (0,778), na escolaridade do prefeito (8,0) e escala Brasil transparente (10,0). Por outro lado, a taxa de mortalidade infantil é de 5,6 óbitos para cada 1 mil nascidos.
Outro indicador que caiu – de 3º para 5º – foi urbanismo. Nesse sentido, Niterói deixa a desejar especialmente no índice de atendimento urbano de esgoto: 4,4% dos domicílios não têm coleta.
A maior evolução de Niterói diz respeito à segurança. Com nota 4,3, saltou da 63ª colocação, em 2019, para o recente sexto lugar. Destacam-se, portanto, a taxa de homicídios (35,2 a cada 100 mil habitantes) e as mortes em acidentes de trânsito (13,7 a cada 100 mil). Igualmante bem conceituado está a disponibilização de policiais, guardas municipais e agentes de trânsito (157,1 a cada 100 mil).
Mobilidade:
A mobilidade é uma das maiores críticas entre os moradores. O estudo leva em consideração a inexistência de meios de transportes coletivos além dos ônibus e acrescenta que, hoje, há um ônibus para cada 50 carros. Ressalta ainda que há um veículo nas ruas para cada 2,7 habitantes.
Outro dado negativo é a falta de aeroportos regulares em um raio de 100km. Os dois mais próximos ficam na capital: Galeão e Santos Dumont.
Apesar do desenvolvimento sustentável ser a principal bandeira do prefeito Axel Grael, Niterói também caiu posições neste indicador. Saiu de 10º para 14º. Destacam-se a ausência da produção de energia solar, eólica e de biomassa.
O estudo afirma ainda que apenas 0,17% dos automóveis matriculados na cidade são de baixa emissão de gás carbônico. Todavia, o dado mais preocupante condiz ao consumo de plástico. Apenas 0,1% de todo o material consumido é recuperado na cidade.
Niterói caiu 8 posições na educação – era 19º em 2021. A queda é puxada pela nota de 3,8 no Ideb e média de 411,4 no Enem – em relação ao vestibular, apenas 17,96 mil habitantes com mais de 18 anos estão nas Universidades Públicas.
O INEP registrou ainda uma média de 30,8 alunos por turma nas escolas públicas. A cada 1 mil estudantes, somente 1,3 tem acesso a computadores, laptops, tablets ou outros dispositivos digitais de aprendizagem.
Mais um indicador que envelheceu mal e caiu de 11º para 17º. Podem justificar essa queda a quantidade de operadoras de fibra ótica disponíves (5), a densidade de banda larga fixa (34,09 a cada 100 domicílios), o crescimento das empresas de tecnologia (3,61%) e o percentual da força de trabalho ocupada no setor de TI (1,56%).
O setor de saúde sofreu uma grande queda: saiu do 6º lugar para a 24ª colocação. Neste contexto, chama atenção o número de leitos para cada mil habitantes (4,13) e a quantidade de médicos para cada 100 mil habitantes (511,62).
Outra desvalorização notável ocorreu no setor de economia, porque a cidade caiu 32 posição em um intervalo de um ano – era 11º, mas hoje ocupa a 43ª colocação. De antemão, Niterói fechou 6,64% de empresas, ao passo que abriu 16,40% de empregos informais por meio do MEI.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apenas 0,08% dos empregos foram gerados neste intervalo. Ao mesmo tempo, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita cresceu 14,89%.
O primeiro lugar em urbanismo foi para Santos; mobilidade e acessibilidade: São Paulo; meio-ambiente: Balneário Camboriú; empreendedorismo: Curitiba; economia: São Paulo; tecnologia e inovação: Fortaleza; saúde: Belo Horizonte; educação: São Caetano do Sul; segurança: São Caetano do Sul; e governança: Balneário Camboriú.
Curitiba – 38,571
Florianópolis – 37,925
São Paulo – 36,877
Campinas – 35,778
Brasília – 35,771
Vitória – 35,604
Niterói – 35,574
Salvador – 35,570
Rio de Janeiro – 35,536
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