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A comemoração dos 450 anos de Niterói em novembro na cidade já foi definida. Começa neste sábado, 11 de novembro, e vai até o fim do mês. Para entrar no clima dessa sequência de shows de artistas consagrados, o A Seguir: Niterói fez uma seleção dos principais shows com datas, horários, locais. A lista contém curiosidades, episódios marcantes desses artistas que compõem a cena musical brasileira, pelos seus diversos estilos e pela trajetória de tirar o fôlego.
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Confira:
Cantor e compositor, Alceu Valença é conhecido pela sua mistura de originais do rock com ritmos nordestinos tradicionais, como baião, coco, frevo e toada. Sua poesia também surpreende pela inventividade. A carreira profissional de Alceu iniciou-se em 1968, com o show Erosão: a Cor e o Som.
Nos primeiros anos de trajetória do artista, lançou obras nos anos 1970 que estabelecem uma ponte entre a tropicália dos anos 1960 e o manguebeat dos anos 1990. Seu trabalho foi fundamental para chamar atenção do público para os ritmos nordestinos em misturas originais: com a psicodelia roqueira nos anos 1970 e com o reggae em alguns dos seus principais sucessos da década de 1980.
Os anos 1990 ficaram marcados pelos álbuns Andar Andar (1990), cuja faixa-título faz uma incursão pelo blues, e Grande Encontro, registro da série de shows realizados em 1996 ao lado de Elba Ramalho (1951), Geraldo Azevedo e Zé Ramalho. Em 1998, lança Forró de Todos os Tempos, que revisita clássicos do gênero, como “O Xote das Meninas” de Luiz Gonzaga (1912-1989) e Zé Dantas (1921-1962).
No disco ao vivo Valencianas (2016), o compositor tem sua primeira experiência com a música de concerto, acompanhado da Orquestra Ouro Preto, com regência do maestro Rodolfo Toffolo. O compromisso com a permanente reinvenção é a marca de seu trabalho.
Data do show: 11 de novembro
Horário: 22h
Local: Praia de Piratininga
Nascida em Alto Garças, no estado do Mato Grosso, Vanessa da Mata é uma cantora e compositora, conhecia pela sua voz doce e melodias envolventes. Desde muito cedo, demonstrou seu interesse pela música, participando de corais e tocando violão. Uma das características marcantes das canções de Vanessa da Mata é a profundidade de suas letras, que retratam a alma brasileira de forma sensível e poética.
Após se mudar para a capital do Mato Grosso, Cuiabá, Vanessa começou a se apresentar em bares e festas da região. Sua voz cativante e suas composições autênticas chamaram a atenção do público local e logo ela se tornou uma das artistas mais queridas do estado.
Em 2002, Vanessa da Mata lançou seu álbum de estreia, intitulado “Vanessa da Mata”. No entanto, foi com a música “Ai, Ai, Ai” que ela alcançou sucesso nacional. A canção, que mistura ritmos brasileiros e uma melodia contagiante, conquistou as rádios de todo o país e se tornou um dos maiores hits do ano.
Após o sucesso no Brasil, Vanessa da Mata começou a ser reconhecida internacionalmente. Ela se apresentou em diversos países e conquistou fãs ao redor do mundo. Além disso, ganhou prêmios como Grammy Latino e o Prêmio Multishow de Música Brasileira.
Data do show: 12 de novembro
Horário: 22h
Local: Praia de Piratininga
Marisa Monte nasceu em de julho de 1967. Cantora, compositora e produtora, estudou canto, piano e bateria na infância. Na adolescência participou do musical Rock Horror Show, dirigido por Miguel Falabella, com alunos do Colégio Andrews, mas nunca abandonou o estudo de canto lírico, iniciado aos catorze anos.
A música sempre ocupou um grande espaço na vida da futura estrela. Desde cedo ela aprendeu a base da teoria musical e leitura de partituras em suas aulas de piano. O crescimento de Marisa se deu num ambiente artístico altamente eclético. Ao mesmo tempo apreciava Cartola e Caetano Veloso; Marcelo Rubens Paiva e Machado de Assis.
Marisa fazia de tudo para tornar seus dotes vocais mais amplos ainda: cantava no musical Rock Horror Show (em montagem dos alunos do Colégio Andrews, dirigidos por Miguel Falabella), e estudava canto lírico, além de ensaiar com banda completa na sala da casa na Urca.
Marisa passou seis meses cantando música brasileira na noite, ao lado de seus amigos, fazendo shows inclusive em Veneza. Mesmo antes de partir para os estudos na Europa, Marisa já conhecia Nelson Motta. Mas em sua volta ao Brasil, este encontro gerou frutos. Nelson tornou-se seu grande amigo, além de admirador fundamental no início da carreira da estrela. Escolhendo as músicas para seu primeiro show, no JazzMania, Marisa pediu a opinião de Nelson Motta, e assim, ganhou um diretor para seu show de estréia. Dessa forma, Nelson foi o grande responsável pela apresentação da cantora à imprensa.
O resultado não podia ser outro: seus primeiros shows lotaram as platéias no JazzMania e na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro. Ainda antes de estrear seu próprio show em São Paulo, Marisa interpretou “Bess You Is My Woman Now”, num dueto com Carlos Fernando, na apresentação do Nouvelle Cuisine.
Os shows de Marisa eram sempre sucesso de crítica e público, além do único meio através do qual seu trabalho era conhecido. Mesmo sendo uma cantora de sucesso, Marisa ainda não tinha disco gravado. Enquanto esperava pelo momento exato de entrar no estúdio para gravar, Marisa era assediada por diversas gravadoras. Após um especial exibido pela TV Manchete, acontece o lançamento de seu disco de estreia, intitulado “Marisa Monte”, com metade do repertório gravado ao vivo, com produção de Lula Buarque de Hollanda e direção de Nelson Motta e Walter Moreira Salles. “Bem que se quis”, seu primeiro grande hit, explodiu de vez no Brasil, e fez parte da trilha sonora da novela “O Salvador da Pátria”.
Após quase cinco anos sem aparições relevantes Marisa voltou no primeiro semestre de 2006, quando lançou simultaneamente dois discos Infinito Particular e Universo Ao Meu Redor, dedicados a canções inéditas do samba e da MPB no que resulta na criação da turnê Universo Particular.
Entre as gravações mais representativas da carreira de Marisa Monte, e para toda a MPB, estão, entre outras: Segue o seco, Pétalas esquecidas, Give me love, Bem que se quis, Infinito Particular, De mais ninguém, Vai saber?, De noite na cama, Maria de verdade, Rosa, Speak low, A lenda da sereias, Dança da solidão, Pelo tempo que durar, Vilarejo, Preciso me encontrar, Balança Pema, Para ver as meninas, Volte para o seu lar, A primeira pedra, Negro gato, Lágrimas e tormentos, Aconteceu, Panis et circensis, Não é proibido (atualmente esta na 3 semana em 1 lugar na Hot100 Brasil) e Cinco minutos.
O Barão Vermelho nasceu em 1981, quando o baterista Guto Goffi e o tecladista Maurício Barros decidiram que queriam fundar uma banda depois de assistirem ao show do Queen no estádio do Morumbi, em março daquele ano. Os dois, com 16 e 17 anos, estudavam no Colégio Imaculada Conceição, no Rio de Janeiro. A ideia do nome da banda partiu do Guto e a ideia foi homenagear o aviador alemão Manfred von Richthofen, que usou o codinome de Barão Vermelho e foi um dos principais inimigos das forças aliadas durante a Primeira Guerra Mundial.
Uns dias depois de escolhido o nome, a dupla se juntou ao guitarrista Roberto Frejat e ao baixista Dé Palmeira. Cazuza entrou logo depois para imortalizar a formação original de uma das maiores bandas de rock brasileiras.
O sucesso mediático veio com”Beth Balanço”, parte da banda sonora do filme com o mesmo nome de Lael Rodrigues. A canção seria integrada no alinhamento do terceiro registo dos Barão Vermelho. O êxito crescente da banda motivaria a sua participação no Rock in Rio de 1985. Em junho desse ano, Cazuza deixa o grupo para começar uma carreira a solo, e juntam-se à banda Fernando Magalhães e Peninha. O vocal passou a ser assumido por Roberto Frejat.
No regresso, muito esperado, em 2004, os Barão Vermelho retomaram as fórmulas mais cruas do início de carreira, no último trabalho do produtor Tom Capone com a banda. Em agosto de 2005, de novo com o selo MTV, gravariam o primeiro DVD ao vivo, no palco carioca do Circo Voador. No ano seguinte, integrariam o programa do prestigiado festival Fest Rock, tocando para mais de vinte mil pessoas.
Data do show: 19 de novembro
Horário: 21h
Local: Praia de Icaraí
A banda começou em 1997 quando Tico (no Rio) e Tchello (na Bahia) se conheceram por um chat e decidiram se reunir. Neste mesmo ano, Renato Rocha entrou na formação com a intenção de tocar teclado, mas logo migrou para a guitarra. O início pela Internet virou notícia e no mesmo ano o Detonautas começou a se apresentar.
Em 99 o guitarrista Rodrigo Netto entra para banda; em 2000, o baterista Fábio Brasil e em 2001 o DJ Cléston. E o grupo seguiu sua batalha no meio musical independente batendo de porta em porta nas grandes gravadoras buscando uma oportunidade, abrindo shows para bandas maiores, fazendo muitas apresentações e participando de festivais. Assim foi como os Detonautas emplacaram seu primeiro clipe independente na MTV, caíram nas graças do Barão Vermelho, Fernando Magalhães – responsável pela produção do primeiro CD da banda -, em seguida foram consagrados banda revelação do festival MADA de 2002 (Natal).
O primeiro CD independente Silvertape ganhou alguns requintes de estúdio e foi relançado pela gravadora com o novo nome oficial da banda: Detonautas Roque Clube. O primeiro hit-single “Outro Lugar” estourou em todas as rádios do país; e o grupo recebeu diversos prêmios como o de Revelação da Rádio Rock em 2002, o prêmio Nickelodeon, o Prêmio Multishow e o VMB 2003 na Categoria Revel.
Data do show: 19 de novembro
Horário: 21h
Local: Praia de Icaraí
Cantora sambista, trompetista e compositora brasileira, Alcione nasceu em 1947 em São Luís, Maranhão. Quando adolescente, aprendeu a tocar instrumentos de sopro, com destaque para clarinete. Aos 12 anos, fez a sua primeira aparição pública, juntando-se à Orquestra Jazz Guarani, com a ajuda do pai. Numa noite de atuação, o vocalista da orquestra ficou afónico e Alcione foi chamada a substituí-lo, interpretando duas canções, com sucesso. Nascia aí a “Marrom”, alcunha por que viria a ficar conhecida nos anos seguintes. Alcione não abandonou os estudos, completando a habilitação superior em magistério.
Em 1967, mudou-se para o Rio de Janeiro, acumulando o emprego numa loja de discos com as atuações noturnas no Little Club, clube noturno conceituado do Beco das Garrafas, ponto referencial histórico do nascimento da bossa nova. De permeio até ao contrato profissional com a TV Excelsior, venceu duas eliminatórias do programa caça-talentos de Flávio Cavalcanti, “A Grande Chance”. Depois de um semestre de atuações na Excelsior, Alcione partiu para uma digressão de quatro meses pela Argentina e Chile.
Em 1975 conseguiu o primeiro sucesso comercial do seu percurso, chegando a Disco de Ouro com o álbum A Voz do Samba, cujo alinhamento continha o êxito “Não Deixe o Samba Morrer”. Tal distinção reconheceu o seu trabalho discográfico por diversas vezes e, além da visibilidade das suas aparições no sambódromo com a escola de samba Unidos da Ponte, destacam-se os dois prémios TIM, galardão anual brasileiro que a distinguiu, em 2004 e 2005, na categoria de Melhor Cantora de Samba.
Data do show: 26 de novembro
Horário: 18h
Local: Praia de Icaraí
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