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MPF pede cassação de governador do RJ, vice e presidente da Alerj

Por Redação
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Ação do Ministério Público Federal tem, ao todo, 12 réus. Incluem vários atuais e ex-secretários do governo do estado, além de parlamentares
claudio castro corte
Cláudio Castro está sendo acusado de abuso de poder político e econômico. Foto: arquivo A Seguir Niterói

As cassações do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro; seu vice, Thiago Pampolha; e do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, foram pedidas na segunda-feira (6) pelo Ministério Público Federal. Motivos: abuso de poder político e econômico e irregularidades em folhas de pagamento do Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Fundação Ceperj) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 2022.

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Cláudio Castro (PL) foi reeleito para o governo do Rio com 58,69% dos votos válidos e venceu no 1º turno, em 2022.

A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-RJ) pediu ainda a inelegibilidade de Castro e Bacellar (PL) por oito anos, a partir das eleições de 2022. Não foi solicitado mesmo para Thiago Pampolha por ele ter ingressado na chapa de Castro pouco antes do pleito de 2022.

A procuradoria solicitou ainda a inelegibilidade por oito anos de outros seis investigados: o deputado estadual Léo Vieira (PSC); os deputados federais Aureo Ribeiro (Solidariedade) e Max Lemos (Pros, ex-secretário de Infraestrutura e Obras); do secretário de Governo, Bernardo Rossi (Solidariedade), e de Gutemberg de Paula Fonseca (PL, ex-secretário de Esportes) e Marcos Venissius da Silva Barbosa (Podemos), sem mandato parlamentar.

No documento, de 117 páginas, a procuradora regional eleitoral, Neide Cardoso de Oliveira, e o procurador regional eleitoral substituto, Flávio Paixão, argumentam que documentos e testemunhas comprovam o uso eleitoral da máquina pública e de servidores temporários como cabos eleitorais da chapa de Castro e de políticos da base aliada do governo.

“O esquema teve o claro objetivo da utilização da máquina pública estadual, à exclusiva disposição dos investigados, para permitir o escoamento de recursos públicos, dando-lhes aparência de legalidade, mas que, em verdade, foram indevidamente utilizados para promover as suas candidaturas e cooptar votos para as suas respectivas vitórias, nas urnas, atendendo a interesses pessoais escusos e a perpetuação dos referidos políticos nos cargos eletivos do Estado do Rio de Janeiro, sobrepondo-se ao interesse coletivo”, escreveram os procuradores.

Em relação à Fundação Ceperj e a Uerj, os procuradores dizem que as investigações apontam que projetos das instituições foram usados para “recrutamento de milhares de cidadãos fluminenses” em favor dos candidatos nas eleições de 2022.

De acordo com a procuradoria,  os 12 réus do caso – nove políticos e os então gestores públicos Allan Borges (subsecretário da Secretaria de Infraestrutura e Obras/RJ), Patrique Welber Atela (secretário de Trabalho e Renda/RJ) e Danielle Christian Ribeiro Barros (secretária de Cultura e Economia Criativa/RJ) – usaram a estrutura do Estado para obter as vitórias eleitorais em 2022.

Defesa

Por meio de nota, a defesa do governador informou que ele tem prestado todos os esclarecimentos aos órgãos de controle. Após as denúncias, o governador Cláudio Castro determinou a extinção dos projetos da Fundação Ceperj, que está sendo reestruturada. Segundo a defesa, o nome do governador não é citado em nenhum dos depoimentos. “A defesa de Cláudio Castro confia na Justiça Eleitoral e afirma que não foram apresentados nos autos do processo elementos novos que sustentem as denúncias”.

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar, informou que “o MP se pautou em matérias jornalísticas e que não foram produzidas provas de que ele cometeu irregularidades”.

 

Fonte: Agência Brasil

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