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Se o que causa o desastre, no caso, deslizamentos, é chuva, como explicou a professora Franciele Zanandrea, coordenadora do trabalho de realização do Plano Municipal de Redução de Risco, em Niterói, não é por acaso que Maceió é uma das primeiras localidades por onde vão começar os estudos de campo da UFF.
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O bairro, na região de Pendotiba, registrou o maior acumulado de chuva nas últimas 96h: 49,4 mm; também lidera o maior acumulado de chuva do mês, até agora: 104,4 mm – o segundo lugar, Maravista (Região Oceânica) registrou 83.0. Nas fortes chuvas que caíram na cidade em março passado, Maria Paula registrou um acumulado de chuva de 99,0 mm em 12h.
Duas das 37 sirenes instaladas em comunidades de Niterói pela Defesa Civil do município ficam em Maceió. Porém, é no Fonseca que há maior concentração delas: 4.
É justamente no bairro que fica a comunidade do Bonfim, também na lista de frente dos primeiros trabalhos de campo que serão realizados pela equipe da UFF para a elaboração do PMRR de Niterói.
A instalação de sirenes, na cidade, para alertar comunidades sobre riscos provocados por chuvas começou em 2016. Foi em janeiro passado que sirenes foram acionadas, pela última vez, em Niterói.
Depois do Fonseca, é no Caramujo e em Santa Rosa que se concentram o maior número delas – 3 em cada bairro. Largo da Batalha, Engenhoca, Charitas, Viçoso Jardim, Piratininga, Santa Bárbara e Jurujuba têm duas sirenes, em cada localidade.
Uma das sirenes no Viçoso Jardim fica no Morro do Bumba, onde também fica um dos 30 pluviômetros da prefeitura. O local representa um dos traumas de Niterói, quando se trata de desmoronamento. Em 2010, fortes chuvas provocaram o deslizamento do Morro do Bumba, comunidade erguida sobre um lixão. Ao todo, 267 pessoas morreram, mas menos de 50 corpos foram encontrados.
Como explicou Eric de Oliveira, secretário de Defesa Civil e Geotécnica de Niterói, acionar uma sirene é apenas a primeira ação a ser feita por um dos integrantes da Defesa Civil da cidade. A segunda é mobilizar os 3.300 voluntários treinados que vão, efetivamente, orientar seus vizinhos de comunidade para, se for o caso, se deslocarem para um dos 30 pontos de apoio da população, em caso de risco.
– Quando as sirenes estão acionadas, uma coisa muito comum que acontece é de recebermos reclamação de moradores incomodados com o barulho das sirenes – contou o secretário.
De acordo com a Prefeitura, desde 2013, já foi investido cerca de R$ 1 bilhão e concluídas 149 obras de contenção de encostas em toda a cidade.
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