COMPARTILHE
Como diz o ditado, para bom entendedor, meia palavra basta. Quando são duas palavras, ou uma frase inteira, então, o recado está dado.
— Minha missão, que ano que vem vai acabar, vai ser deixar ( o governo) para o meu sucessor pelo menos arrumadinho para que a gente possa continuar nesse processo de avanço do Rio de Janeiro — disse o governador Claudio Castro enquanto batia no ombro de Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj reeleito por unanimidade.
O gesto aconteceu na quarta-feira (12), em agenda com políticos do Norte Fluminense, reduto de Bacelar.
Leia mais: Linha Charitas x Praça XV custará R$ 7,70 e terá mais embarcações
Claudio Castro (PL) não pode mais concorrer ao cargo de governador porque está no seu segundo mandato consecutivo. Especula-se que ele vai se desincompatibilizar do cargo para disputar uma vaga para o Senado.
Rodrigo Bacellar (União) não esconde sua vontade de se sentar na cadeira atualmente ocupada por Castro. Porém, se o governador, de fato, se desincompatibilizar, assume o cargo o atual vice, Thiago Pampolha (MDB), que terá que ser convencido a não disputar o cargo de governador justamente quando assume o controle da máquina estadual.
As apostas indicam que o principal adversário de Bacellar ou Pampolha será o atual prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), atual melhor amigo de infância de Rodrigo Neves, o pedetista à frente da prefeitura de Niterói. Juntos, os gestores municipais pleiteiam dividir entre as cidades que governam a realização dos Jogos Pan-Americanos de 2031.
No último dia 4 de fevereiro, por maioria (5×2), o Colegiado do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) julgou improcedente o pedido da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) de cassação dos diplomas do governador Cláudio Castro (PL) e do vice Thiago Pampolha (MDB), por supostas irregularidades em gastos de recursos públicos durante a campanha eleitoral de 2022. Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.
De acordo com o relator do processo, desembargador Rafael Estrela, não houve provas suficientes para comprovar que a campanha de Castro efetuou gastos de cerca de R$10 milhões, oriundos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), sem finalidade e destinação específicas, conforme alegado pela PRE na representação especial. O montante teria sido pago a oito empresas contratadas para a prestação de serviços diversos.
O julgamento havia sido iniciado no dia 30 de janeiro, mas foi suspenso após pedido de vista do relator.
Fonte: O Globo e TRE-RJ
COMPARTILHE