COMPARTILHE
O mercado imobiliário está em transformação desde o fim da pandemia. A avaliação é da Ademi, que comemora seus 50 anos e a recuperação do mercado. Em 2022, os sinais são positivos, com a construção de 27 novos empreendimentos, número próximo ao patamar atingido em 2012, considerado o auge do setor imobiliário. Num balanço do setor publicado num caderno especial do jornal O Globo, o setor de Inteligência do Mercado da Spin estima que o valor de vendas contabilizado pela imobiliária ultrapassou R$ 4 bilhões, fechando 2022 com 40 mil imóveis à venda.
Leia mais: Justiça determina afastamento do presidente da Emusa
– Apenas este ano estamos gerando mais de seis mil empregos diretos e indiretos. Imagine isso ao longo dos nossos 5o anos de vida. O setor imobiliário é feito das famílias niteroienses que exercem diversas atividades, moram aqui, trabalham aqui, tentando fazer o melhor para a cidade. Estamos orgulhosos por podermos proporcionar o direito de morar. São duas questões essenciais para nós: morar com dignidade e gerar empregos. Acreditamos muito na questão da responsabilidade social das empresas – destacou na reportagem o presidente da Ademi-Niterói, Bruno Serpa Pinto.
Além disso, o Centro de Niterói aparece como o novo oásis imobiliário. O bairro tem potencial para a construção de 8 mil novas unidades habitacionais nos próximos 15 anos. O comércio, a presença de universidades e a malha rodoviária são atrativos para moradores, assim como a estação das barcas.
A recuperação de centros urbanos já vem acontecendo em diversas cidades do mundo, como Estados Unidos, Espanha e a Argentina.
– O Centro de Niterói tem uma boa estrutura para isso, e estes novos empreendimentos já vão surgir conectados com o mundo atual. Eles estão sendo pensados para ter ponto próprio para recebimento de entregas alimentícias, pontos de carregamento para carro eletrônico e apartamentos com espaços home office. E é a região mais conectada com a diversidade de serviços oferecidos. E está ao lado da capital. Não podemos esquecer que estamos ao lado da UFF, onde estudam 50 mil alunos. São meio milhão de pessoas diariamente passando por aqui – completa Bruno.
O valor médio do Centro pode, ainda, atrair moradores do Leste Fluminense interessados em encurtar distâncias, gastos e tem chamado a atenção de investidores de médio porte.
Espaços que têm características múltiplas passaram a ser levados mais em consideração na hora de fechar contratos de compra, venda ou aluguel. Espaços ao ar livre, apartamentos com varanda foram ocupando um lugar de prioridade na vida dos consumidores. Prédios com espaços compartilhados, como coworking, que acabam servindo de escritório para quem é autônomo, portarias digitais são apostas do segmento imobiliário. Outro ponto ressaltado foi a desburocratização que ganharam protagonismo com o avanço dos processos digitais.
Porém, Icaraí segue como o bairro preferido para fechamento de negócios. A boa infraestutura e a oferta diversificada de serviços e comércio são pontos fortes. A Região Oceânica também cresceu consideravelmente, com a chegada de moradores e a expansão de novos empreendimentos.
*Com jornal O Globo
COMPARTILHE