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Eleita seis vezes a melhor do mundo, 17 gols em Copas (recorde entre homens e mulheres), 118 gols pela seleção brasileira (recorde entre homens e mulheres). Não que precise de uma apresentação especial, mas são essas as credenciais que colocam Marta Vieira da Silva no “hall da fama” do futebol.
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Com propriedade de sobra para falar do assunto, a rainha abençoou a busca pelo hexacampeonato no Catar. Ao A SEGUIR: NITERÓI, ela ainda destacou que nenhum adversário, senão o próprio Brasil, é capaz de acabar com o sonho tupiniquim.
– Acredito que o Brasil é o adversário mais difícil mesmo. Quando você foca muito no adversário, você acaba esquecendo de fazer o dever de casa, que é jogar com alegria e criatividade. O Brasil tem tudo isso, mas precisa continuar fazendo isso, assim como fez contra a Sérvia. Estou com essa expectativa boa, tem tudo para trazer o hexa – salientou.
Autora de gols em todas as cinco Copas do Mundo e cinco Olimpíadas que disputou na carreira, a camisa 10 ficou em cima do muro quanto ao substituto de Neymar, que sofreu um entorse no tornozelo direito na partida de estreia contra a Sérvia e deve desfalcar o time canarinho pelo resto da fase de grupos.
Para a partida de logo mais, contra a Suíça, o técnico Tite deve escalar o volante Fred, do Manchester United. O atacante Rodrygo, do Real Madrid, é outro cotado para a vaga, mas corre por fora.
– O time jogou bem na estreia, uma equipe bem postada, com atletas de qualidade na frente. Fica até difícil falar em quem colocar no lugar do Neymar, porque eu acredito que, quem entrar, vai dar conta do recado – reforçou.
Aos 36 anos, Marta não atua oficialmente desde março deste ano, quando rompeu o ligamento cruzado do joelho durante a vitória por 1 a 0 de sua equipe, o Orlando Pride, sobre o North Caroline, pela Liga Norte-Americana de futebol feminino (NWSL). Essa foi a primeira lesão grave que ela sofreu em 23 anos de carreira.
Por conta da contusão, aliás, a craque desfalcou o Brasil em uma competição internacional pela primeira vez desde 2003. Sem a liderança da rainha, a equipe comandada pela sueca Pia Sundhage foi campeã com 100% de aproveitamento – seis vitórias em seis jogos.
– É muito difícil ficar de fora, é uma situação que nunca havia passado antes. Você até evita ver todos os lances, porque você acaba se cobrando muito. Pensando em coisas que poderia fazer se tivesse em campo. Mas as meninas foram muito bem na Copa América. Eu estou na expectativa para treinar 100%, quando os treinos voltarem pela minha equipe, e poder voltar para a seleção – concluiu.
Enquanto não volta aos gramados, a rainha se aventura na área técnica, indicando os passos que pode seguir quando pendurar as chuteiras. Neste domingo (27), por exemplo, ela “estreou” como treinadora durante a oitava edição do “Mano a Mano – Donas do Jogo”, que ocorreu na praia de Icaraí, em Niterói.
Além da competição em si, o projeto visa chamar a atenção para a representatividade do futebol feminino e reforça a busca por mais igualdade e respeito dentro da modalidade. Marta tornou-se embaixadora da ONU em 2018 justamente por defender essas bandeiras.
– Eventos como esse buscam a igualdade, o direito, o empoderamento e o respeito. A gente percebe que manter a parceria do evento e continuar com ele dessa forma bacana e prazerosa é o caminho que precisamos seguir em tantos lugares pelo Brasil para que a gente esteja sempre espalhando o que realmente importa para a sociedade que é o espaço e inclusão para todos – completou.
Após vitória por 2 a 0 sobre a Sérvia, o Brasil volta a campo nesta segunda-feira, a partir das 13h, contra a Suíça, no estádio 974, pela segunda rodada da Copa do Mundo. A seleção brasileira fecha a chave de grupos na sexta-feira, às 16h, contra o Camarões.
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