21 de novembro

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Lagoa de Itaipu terá praia artificial, canal para barcos e área de lazer

Por Sônia Apolinário
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Obra do Canal de Itaipu custará R$ 44 milhões. A intervenção será debatida em audiência pública, na Câmara dos Vereadores
canal de itaipu
Recuperação do Canal de Itaipu é um antigo pleito de ambientalistas e moradores de Niterói. Foto: Prefeitura de Niterói

“O objetivo da intervenção é transformar o trecho do canal de Itaipu e seu entorno próximo, localizado no interior da Lagoa de Itaipu, em uma área navegável para embarcações de pequeno porte. Isso permitirá um uso mais eficiente da área pela população, que poderá ser aproveitada como espaço de lazer.”  Assim a prefeitura de Niterói apresenta o projeto de recuperação – definitiva – do Canal de Itaipu, que liga a lagoa ao mar e sofre com o assoreamento e obstruções recorrentes. .

A obra ficará a cargo do consórcio Lagoa de Itaipu, formado pelas Empresas Engetécnica Serviços e Construções, Ster Engenharia e Marisma Engenharia e Construções, que venceu a licitação lançada pela Prefeitura de Niterói para recuperar e desobstruir o Canal de Itaipu, na Região Oceânica. Vai custar R$ 44.761.996,07 e levar 15 meses para ficar pronta, a partir da data de início da obra, ainda não definida.

A recuperação definitiva do Canal de Itaipu é um antigo pleito de ambientalistas e moradores de Niterói

Praia, navegação e lazer

A homologação do resultado foi publicada no Diário Oficial do município na quarta-feira (27). A intervenção está sob a responsabilidade da Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa). Em dezembro do ano passado, o prefeito de Niterói, Axel Grael, anunciou que o Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam) iria aprovar um financiamento de R$ 28 milhões justamente para a realização das obras de estabilização do Canal de Itaipu.

Para o A Seguir Niterói, a Prefeitura informou que a obra tem como objetivo a recuperação estrutural dos guias-correntes e a desobstrução do canal de ligação entre a Lagoa de Itaipu e as praias de Itaipu e Camboinhas, novamente obstruídos pelas fortes ressacas do ano passado, um problema recorrente.

“O objetivo da intervenção é transformar o trecho do canal e seu entorno próximo, localizado no interior da Lagoa de Itaipu, em uma área navegável para embarcações de pequeno porte. Isso permitirá um uso mais eficiente da área pela população. Entre as técnicas implementadas, destaca-se a construção de dois canais de conexão entre a Lagoa de Itaipu e o mar. Isso resultará na criação de uma área entre os dois canais, que poderá ser aproveitada pela população como espaço de lazer.”

No memorial descritivo da licitação consta a informação que serão retirados do canal 72.600 m3 de areia. Desse total, 66.100 m3 terão como destino a praia de Camboinhas, onde foi construído um muro de gabião.   Na época da construção do muro, ambientalistas alertaram que essa solução dada pela Prefeitura para evitar o desmoronamento do calçadão de Camboinhas iria acarretar o fim da faixa de areia, em frente ao muro.

O restante da areia a ser retirada do Canal de Itaipu será usado tanto para a criação da praia artificial quanto na própria estruturação lateral do canal. A obra tida como definitiva para o Canal de Itaipu deverá permitir a prática de esportes náuticos sem motor, na Lagoa.

A praia artificial tem como objetivo proteger a Duna Velha. Será criada entre a duna e o restaurante Laguna’s Bar.

Audiência Pública

Para discutir aspectos da obra, o vereador Daniel Marques, vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade da Câmara Municipal, vai realizar uma audiência pública, na Casa Legislativa, no dia 9 de abril, a partir das 18h30. São esperados representantes da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Instituto Estadual do Ambiente, Prefeitura de Niterói, empresas que venceram a licitação, pescadores e moradores, principalmente, de Itaipu e Camboinhas, praias divididas pelo Canal.

– Queremos fazer reflexões e entender o que é o projeto, saber quais seus impactos negativos e positivos para a região, porque acreditamos que é uma obra que vai mudar a dinâmica daquela área. Queremos saber quem vai pagar se governo municipal ou estadual. Vamos cobrar informações também sobre o Canal do Camboatá e a desobstrução do Tunel do Tibau – informou Daniel Marques.

Leia também: As lagoas da Região Oceânica e o ‘jogo de empurra’ entre a Prefeitura de Niterói e o INEA

 

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