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Eles chegaram de mansinho. Agora, começam a se tornar atração turística em Piratininga, Região Oceânica de Niterói. Estamos falando de Frederico, Lacosta e Júnior: os jacarés que escolheram viver no jardim filtrante do Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis (POP).
Foram os operários da obra do parque que primeiro avistaram os animais. Se acostumaram com eles a ponto de saber diferenciá-los. Tanto que os jacarés foram devidamente batizados.
Frederico é o mais “exibido” e, por isso, foi o primeiro a ganhar nome próprio. Ele passa a maior parte do dia tomando sol, na mureta do jardim filtrante. Junior costuma estar sempre por perto, mas, submerso. Geralmente, só se vê um pedacinho da cabeça do animal. Quando, porém, os dois estão dentro da água, os operários não conseguem saber quem é quem.
O mais fácil de identificar é Lacosta. Ele teve um pedaço do rabo amputado por uma das máquinas em trabalho na obra. Atualmente, é o mais “recluso”. Costuma ficar submerso, mais afastado dos “amigos”. Porém, às vezes se chega para uma natação coletiva.
Na última terça-feira (22), as colegas de trabalho Thaís Lima e Camyla Ramos foram conhecer os jacarés.
– O pessoal do trabalho e daqui da região sempre fala dos jacarés, então, resolvi conhecer. Achei incrível que dá para ver bem, apesar deles ficarem, de certa forma, longe. Se fosse mais perto, iria ficar com medo – comentou Camyla.
Por conta do aumento da popularidade dos jacarés, foi improvisada uma placa alertando sobre a presença de “animais perigosos” no tanque do jardim filtrante.
Os operários os têm como verdadeiros mascotes. E gostam de chegar na beirada da “piscina” para fazer um pouco de companhia para os animais.
Eles estavam quietos no canto deles, quando as obras começaram. Viviam, preferencialmente, pelo Canal Cintura, que circula a Lagoa de Piratininga, entre as gigogas – vegetais que se proliferam em águas poluídas por esgoto doméstico.
Quantos são, ao todo, ninguém sabe. Antes do primeiro jardim filtrante ficar pronto (serão três ao todo), era possível “esbarrar” com eles em terra, um tanto desnorteados pelo barulho das máquinas e a movimentação.
Agora, eles só querem saber de ficar em paz na “piscina”. Pelo menos, durante o dia. À noite, com a quietude e o silêncio, quem sabe se o trio se anima a dar um rolê para conhecer melhor a região.
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