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Desde 2002, quando o Caminho Niemeyer foi inaugurado em Niterói, havia um projeto relacionado à construção de uma igreja evangélica no espaço. Nesta quarta-feira, quase 21 anos depois, o prefeito Axel Grael (PDT) assinou o termo de cessão de um terreno de cerca de 7 mil metros quadrados no local para levantar o templo religioso. A obra faz parte do plano Centro 450 e será assinada pelo escritório Niemeyer.
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Em um outro ponto do conjunto arquitetônico, está sendo erguida outra igreja, só que católica: a nova Catedral de São João Batista.
O procurador-geral de Niterói, Francisco Soares, explicou como foi feita a seleção da congregação Assembleia de Deus para ocupar o terreno e construir um templo no local:
– Para observar a impessoalidade, conforme rege a lei nos órgãos públicos, lançamos um edital para que as entidades religiosas manifestassem seu interesse, desde que tivessem um projeto de Niemeyer. Essa era a pré-condição e, no caso, apenas a Assembleia de Deus se manifestou.
Na opinião do pastor Samuel Câmara, líder das Assembleias de Deus de Belém, no Pará, a primeira igreja pentecostal fundada no Brasil, a assinatura representa “uma vitória”, já que a proposta há muitos anos é aguardada pela comunidade evangélica.
– Nós sabemos que Niterói, há mais de 30 anos, planeja ter no Caminho Niemeyer uma igreja evangélica e uma católica. Agora, com a Prefeitura fazendo a revitalização do Centro, é um momento fantástico. A Assembleia de Deus, que é o maior movimento evangélico do Brasil, será representada no Caminho Niemeyer – comentou.
De acordo com a Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade (SMU), a nova edificação, para cerca de cinco mil pessoas, vai integrar o complexo junto com a Catedral de São João Batista, “que está em fase adiantada da construção”. O imóvel é o último que falta ser construído, completando, assim, o projeto original para o local.
Em abril de 2022, foi assinado o protocolo de intenções para a cessão do terreno entre a Prefeitura de Niterói e a Convenção da Assembleia de Deus no Brasil (CADB). De acordo com o pastor Celso Brasil, representante da Assembleia de Deus no estado do Rio de Janeiro, a abertura do chamamento público foi um pedido da Procuradoria Geral do Município (PGM) para ratificar a cessão.
Inicialmente, o local destinado à construção do templo seria ocupado pela Igreja Batista, na época liderada pelo Pastor Nilson Fanini, que faleceu antes de o projeto sair do papel. A congregação não conseguiu concretizar a obra e, com isso, a Igreja Adventista do 7º dia também manifestou interesse na construção, mas também não levou o projeto adiante.
Embora tenha sido dado o primeiro passo para a construção do templo, Celso Brasil explicou que não é possível estipular um prazo de conclusão, visto que o “financiamento do projeto depende da colaboração de fiéis”.
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