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Extremos climáticos mudam a classificação de risco em grandes cidades

Por Livia Figueiredo
| aseguirniteroi@gmail.com

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Rio sai na frente e cria protocolo com cinco níveis de calor: o mais extremo, de nível 5, pode acarretar em cancelamentos de eventos
onda de calor
Serão considerados modelos de previsão para tentar se antecipar às ondas de calor. Foto: Arquivo

São diversos e de grande impacto os riscos relacionados a uma onda de calor. Pensando nisso, a Prefeitura do Rio criou um protocolo de comunicação que tem como base o Índice de Calor. A nova metodologia leva em consideração a temperatura e a umidade relativa do ar. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (), com o objetivo de criar um comitê permanente para monitorar a questão.

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No painel de calor do Rio, serão considerados modelos de previsão para tentar se antecipar às ondas de calor. Essa é a segunda grande mudança de protocolos de emergência na cidade desde a alteração feita no acionamento de sirenes em casos de chuvas e riscos de desabamentos ocorrida em 2015.

Além dos estágios já conhecidos em caso de chuvas, haverá protocolo também para os casos de alta excessiva na temperatura, que pode interferir na realização de shows. O modelo terá cinco Níveis de Calor (NC): o NC 5 será atingido quando as temperaturas seguirem extremas por três dias consecutivos.

O novo protocolo de comunicação foi desenvolvido com as secretarias de Saúde, Ambiente e Clima, além do Centro de Operações Rio (COR).

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Confira como vai funcionar:

– NC 1: estado de normalidade

– NC2 e NC3: quando há previsão ou registro de calor alto por dois ou três dias, são iniciadas ações de comunicação para alerta à população por meio dos canais oficiais da prefeitura, avisos em mobiliário urbano nas vias de transporte e pela imprensa.

– NC 4: zona de risco à saúde com índices de calor muito alto: 42 graus por quatro horas consecutivas por ao menos três dias consecutivos. Nesse momento serão indicados locais com ilhas de resfriamento em locais públicos (como parques) e locais climatizados, como postos de saúde, assim como a ampliação de oferta de estações de hidratação e distribuição de água para populações mais vulneráveis como idosos, grávidas e crianças.

Essa indicação acontecerá também por meio do aplicativo do COR que poderá direcionar os usuários aos locais mais próximos para alívio do calor.

Também há possibilidade de cancelamento ou adiamento de eventos de médio e grande porte. No NC 4, será considerada ainda a suspensão de atividades em áreas externas.

– NC 5: quando houver calor extremo acima de 44 graus por duas horas consecutivas, em três dias seguidos — a forma de comunicação passará a ser mais agressiva, com boletins meteorológicos a cada seis horas. Também haverá boletim epidemiológico até 72 horas após o término da onda de calor.

No NC 5, atividades de risco como shows e aglomerações serão interrompidas se não puder haver adaptação do evento para suprimir os riscos. Também serão suspensas de atividades externas em unidades de ensino.

Foto: Reprodução/Prefeitura do Rio

Onde de calor: o que classifica?

A expressão “onda de calor ” se popularizou no ano passado após nove ocorrências do fenômeno. Para ser caracterizada como onda de calor, a temperatura precisa ficar pelo menos cinco graus acima da média por um período de cinco dias ou mais.

Conforme anunciado na coletiva desta sexta-feira, outra novidade é que as ondas de calor passam a ter nome, assim como acontece com os furacões. A lista de nomes que poderão ser usados até 2028 também foi divulgada.

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